Tecpar atua em 19 grandes projetos de pesquisa voltados para melhorias da sociedade

Como laboratório de saúde pública, o Tecpar estuda novas metodologias para trazer melhorias nos processos produtivos em áreas que envolvem a saúde humana e animal.
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12/04/2022 - 14:10

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O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) possui em seu corpo técnico especialistas em diversas áreas que atuam com propostas para a criação de novos métodos, produtos e processos. Esses estudos científicos que buscam inovação são chamados de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). No momento, estão em andamento no Tecpar 19 projetos de P&D, com ações voltadas a trazer melhorias e novas soluções para a sociedade brasileira.

Como laboratório de saúde pública, o instituto estuda novas metodologias para trazer melhorias nos processos produtivos em áreas que envolvem a saúde humana e animal, por exemplo. Além disso, como centro de pesquisa voltado ao desenvolvimento tecnológico, o Tecpar tem estudos voltados a sequestro de carbono e para geração de energia de forma sustentável.

O diretor-presidente, Jorge Callado, salientou que, como instituto de ciência e tecnologia, o Tecpar busca diversificar sua plataforma tecnológica e que a atuação dos pesquisadores é feita de forma transversal e multidisciplinar, para apoiar o desenvolvimento de novas soluções para a sociedade brasileira.

“O Tecpar é uma casa que faz inovação há 81 anos e uma das maneiras de inovar é a partir de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico”, disse. “Nosso corpo funcional reúne pesquisadores que desenvolveram, ao longo da história, novos produtos e processos, como no caso da vacina antirrábica animal produzida internamente, que tem seu processo produtivo patenteado. Com essas ações, o Tecpar cumpre sua missão para agregar valor à sociedade brasileira”.

Para o desenvolvimento de suas atividades e suas ações de P&D, o Tecpar conta com a atuação de dois pós-doutores, 13 doutores e 35 mestres, nas mais variadas áreas de atuação do instituto.

BANCO DE CÉLULAS – Uma dessas pesquisadoras é Luciene Airy Nagashima, biomédica com mestrado e doutorado em Microbiologia, que está na equipe de um projeto que busca implantar um banco de células com desenvolvimento de metodologias para controle de qualidade celular.

A pesquisadora explica que o processo de produção da vacina antirrábica e muitos dos ensaios de controle de qualidade dos produtos possui como base a cultura de células. Segundo ela, o desenvolvimento de um banco de células é um processo crítico para produção de biológicos, uma vez que a qualidade das células utilizadas afeta diretamente o produto.

“Dentre os principais problemas envolvendo as células estão o uso de linhagens de células inadequadas com variações genéticas ou contaminadas. Nosso projeto de P&D busca desenvolver modernos ensaios e, principalmente, garantir a qualidade das células utilizadas”, destaca a pesquisadora.

UTILIZAÇÃO – Além de apoiar o controle da qualidade da vacina antirrábica animal do Tecpar, o banco de células daria apoio à ampliação da capacidade de testes de soroneutralização in vitro para titulação de anticorpos de pessoas imunizadas com a vacina antirrábica. Hoje o Tecpar faz esse serviço voltado a animais de companhia e é o primeiro laboratório do Sul do Brasil a ser credenciado na União Europeia e nos Estados Unidos para oferecer essas análises laboratoriais.

Um dos projetos futuros do instituto é ampliar a capacidade de realização do ensaio de titulação de anticorpos antirrábicos em humanos para atender o público externo de profissionais com risco ocupacional para a raiva, por meio de convênios e parcerias com órgãos federais e estaduais. Além disso, com os ensaios de controle de qualidade para banco de células o Tecpar pode ampliar o escopo e a oferta de serviços técnico-científicos.

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