PCPR prende três criminosos responsáveis por desvios de malte de cervejarias do Brasil

A ação aconteceu simultaneamente em Ponta Grossa, Umuarama, Maringá, Alto Paraná, Contenda e Lapa. A PCPR ainda contou com o apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Sul no cumprimento de um mandado em Passo Fundo. Estima-se que o prejuízo à indústria nos últimos dois anos seja superior a R$ 40 milhões.
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04/01/2023 - 07:30

A Polícia Civil do Paraná prendeu três integrantes de organizações criminosas responsáveis por desviar malte de grandes cervejarias do Brasil. Os indivíduos foram autuados em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.

Os policiais cumpriram 33 mandados de busca e apreenderam quantias de malte adulterados, munições, documentos, cinco armas de fogo, fichas com anotações de grandes cervejarias e R$ 6 mil. Além disso, sete caminhões, que foram montados com peças e motores de outros veículos, foram apreendidos.

A ação aconteceu simultaneamente em Ponta Grossa, Umuarama, Maringá, Alto Paraná, Contenda e Lapa. A PCPR ainda contou com o apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Sul no cumprimento de um mandado em Passo Fundo.  

Estima-se que o prejuízo à indústria nos últimos dois anos seja superior a R$ 40 milhões.

Outras três pessoas já tinham sido presas em flagrante no início das investigações. Conforme apurado, os integrantes das organizações criminosas atuavam nesta prática há alguns anos e ostentavam vidas de luxo, com carros esportivos e casas de alto padrão.

O delegado Cássio Conceição afirma que a investigação iniciou com o requerimento da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), em julho do ano passado. Empresas do setor relataram que maltes das grandes cervejarias estavam sendo desviados, e, posteriormente, sendo misturados com outros produtos de baixa qualidade e revendidos.

“Apreendemos uma quantidade de produtos durante a operação, provavelmente misturados. Estamos aguardando a perícia para comprovar esse desvio”, afirmou o delegado.

O diretor da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), Rodolpho Ramazzini, disse que, além da contravenção, a ação dos criminosos traz risco à saúde dos consumidores. “Assim que soubemos do caso informamos à PCPR, que desenvolveu uma ótima investigação. É uma ação importante para proteger as empresas nacionais e os consumidores, além de desmantelar esse grupo criminoso”, arrematou.

As investigações seguem em andamento.

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