Com apoio do BRDE, exposição na Arena da Baixada mostra histórias da pandemia

Até esta quarta, mostra de artes visuais une instalações artísticas, vídeos e fotografia para contar como a sociedade vem ressignificando a pandemia de Covid-19 com criatividade e esperança.
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29/11/2022 - 16:00
Editoria

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Com o intuito de gerar reflexão sobre a capacidade criativa do ser humano em produzir esperança diante das adversidades, “Vida – Histórias da Pandemia” é uma exposição de artes visuais multimídia que apresenta recortes sobre a reinvenção e a ressignificação da existência humana diante da pandemia de Covid-19.

A mostra é gratuita e está em cartaz em Curitiba, na Arena da Baixada (estádio do Athletico Paranaense), piso P3, até esta quarta-feira (30). O projeto teve o apoio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), por meio do edital de incentivos fiscais de 2021.

A mostra tem a direção artística do arquiteto e urbanista Felipe Guerra e traz ambientes que apresentam de forma afetiva os impactos da pandemia em áreas da sociedade, tais como educação, saúde, artes, trabalho, relações humanas, arquitetura urbana, ciência e assistência social.

Os visitantes são conduzidos por um percurso composto por instalações artísticas criadas pelo artista visual, designer e figurinista Gustavo Krelling; projeções de minidocumentários com roteiro e direção do artista Eduardo Ramos; e retratos do fotojornalista Brunno Covello. A iniciativa é uma realização da Montenegro Produções, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

A rotina em sala de aula, em ambientes de trabalho, os impactos nas relações dos cidadãos com a família, estudos e lazer, as modificações na dinâmica e arquitetura das cidades, as descobertas da ciência e a solidão na velhice fazem parte dos recortes, perspectivas e percepções que, além da relevância histórica, também assumem a função artística de inspirar o olhar dos visitantes para o futuro.

“Em épocas de grandes rupturas, os produtos culturais e artísticos contribuem para a transformação da sociedade como respostas criativas às tragédias. 'Vida – Histórias da Pandemia', enquanto produto cultural gerado a partir de uma lei de incentivo federal com apoio da iniciativa privada, cumpre com o propósito de democratizar as vozes dessa história e traça um mapa singular dos espaços que operam nossas escolhas do que lembrar e do que esquecer diante de tudo o que vivemos”, explica Carolina Montenegro, gestora da Montenegro Produções.

Como parte integrante de um projeto cultural de artes visuais que traz em seu resultado uma exposição gratuita, a iniciativa apresenta trabalhos de artistas curitibanos em um formato original, que proporcionam uma experiência imersiva aos visitantes.

“As paredes que compõem o espaço expositivo, onde essas histórias são contadas, são paredes de ar, pneumáticas, que funcionam como se fossem grandes pulmões e isso é totalmente inédito”, destaca Felipe Guerra, diretor artístico da mostra.

Nessas paredes infláveis são projetados minidocumentários com roteiro e direção do artista Eduardo Ramos, que captou em vídeo as histórias vividas durante a pandemia por 25 pessoas dos mais variados perfis sociais. “Entender que a razão pela qual nós sobrevivemos e estamos diante do outro talvez seja algum tipo de propósito que possamos lembrar diariamente: somos uma única vida”, ressalta o videomaker.

O material audiovisual também está disponível no canal da produtora no YouTube, nessa playlist.

INCENTIVOS FISCAIS – Anualmente, o BRDE destina parte de seu imposto devido aos proponentes de projetos aprovados para captação de recursos por meio das leis de isenção fiscal, via Fundos da Infância e da Adolescência; com contexto no Estatuto do Idoso e Fundo Nacional do Idoso; Lei de Incentivo ao Esporte; Lei do Audiovisual; e, Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

“Dessa forma, o banco oferece retorno direto à sociedade por meio dessa contribuição para a seleção de inciativas e ações de notório impacto social e cultural”, ressaltou o diretor-presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski.

Em 2021, foram destinados R$ 4,6 milhões para projetos distribuídos entre os três estados da região Sul. Nos últimos seis anos, o montante aplicado pelo banco pelos mecanismos de renúncia fiscal ultrapassou a marca de R$ 22 milhões.

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