UEM é 2ª instituição de ensino superior do Paraná com mais artigos publicados

Universidade Estadual de Maringá totaliza 10.359 publicações de 2010 a 2019, com 99.806 citações. Instituição também tem 16 pesquisadores entre os brasileiros mais produtivos cientificamente.
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17/05/2021 - 16:10
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A Universidade Estadual de Maringá é uma das instituições de ensino superior com mais artigos publicados do Paraná. É a segunda, atrás apenas da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A UEM também tem 16 pesquisadores entre os brasileiros mais produtivo s cientificamente. O levantamento foi feito pela Assessoria de Comunicação Social da universidade, com dados da SciVal/Elsevier, ferramenta sobre pesquisas de 14 mil instituições do mundo.

A UEM totaliza 10.359 publicações de 2010 a 2019, com 99.806 citações. Cada um dos 16 pesquisadores com mais publicações tem mais de cem artigos em periódicos, sendo que três estão entre os cientistas mais influentes do mundo.

Dentre estes três, está o professor aposentado do Departamento de Química, Jesuí Vergílio Visentainer. “Não tem como desenvolver um país se não for através da ciência e da pesquisa”, declara. Ele é o recordista da UEM, com 228 artigos no período analisado.

"Tenho gratidão pelos meus alunos e meus parceiros de pesquisa. A criatividade do brasileiro é muito grande, por isso que publicamos bem, mas infelizmente no nosso país há recursos escassos, muita burocracia e falta de incentivo”, diz Visentainer. 

O cientista tem publicações em várias linhas de pesquisa, inclusive com estudos sobre análises de alimentos com tecnologia de ponta, frutas nativas nunca antes estudadas no mundo e, recentemente, leite humano em pó, ganhador de Prêmio Péter Murányi.

Com 197 artigos no período, Lúcio Cardozo Filho, professor do Departamento de Engenharia Química que se destaca em pesquisas sobre tecnologia de fluidos pressurizados, está no segundo lugar da UEM e em terceira posição nacional na área da Engenharia Química.

“A ciência é uma oportunidade de crescimento pessoal, social e de inovação, porque quando se faz ciência você sai da zona de conforto, busca o novo e adquire experiências, não só na área de estudo, porque ela exige capacidade mental e construção de relações interpessoais”, afirma o engenheiro químico.

Cardozo Filho concluiu o doutorado em 1999, quando recebeu orientação da professora Maria Angela de Almeida Meireles, pesquisadora brasileira com 114 artigos de 2010 a 2019 e pioneira em tecnologia de fluidos pressurizados, chamada de supercrítica. “À época não existia acesso a equipamentos de pressurização. No Brasil, quem os desenvolveu, deixou mais barato e difundiu fomos nós. Consegui nuclear vários grupos no Brasil em função da disseminação desses equipamentos através de cooperação científica. Hoje, o país é referência internacional na área”, expõe o docente.

Em terceiro lugar da UEM está a pesquisadora Sonia Silva Marcon, professora do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, com a soma de 180 artigos e na primeira posição nacional da área da Enfermagem. “É a pesquisa que move o desenvolvimento que ocorre em todas as áreas do conhecimento. Na área específica, pesquisas fundamentadas em metodologias robustas são importantes, porque a Enfermagem é uma ciência relativamente nova, ainda muito desvalorizada e muitas vezes não reconhecida”, frisa a docente.

OUTROS DESTAQUES – Além dos 16 pesquisadores, é destaque também Rafael da Silva, professor do Departamento de Química e dos programas de pós-graduação em Engenharia Química e em Química, coautor de um artigo de 2016 que obteve 1.071 citações até 2019. É o pesquisador da UEM com o maior número de citações nos anos analisados.

“Trata-se de um trabalho de revisão na área de energias renováveis, que estava havia 50 anos sem muitas novidades. É sobre nanocatalisadores de cobre e extremamente colaborativo: tem grupos da China, República Tcheca, França, Estados Unidos e Brasil”, aponta o docente. Enquanto doutorando nos Estados Unidos, em 2013, ele foi coautor em dois artigos com 1.987 e 1.603 citações, segundo o Google Acadêmico.

Cardozo Filho evidencia que entre os pesquisadores mais produtivos do Brasil há quem não tenha artigos vinculados à UEM, mas que obteve formação na universidade. Ele exemplifica: José Vladimir de Oliveira (161 artigos), egresso da graduação em Engenharia Química pela UEM e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Marcos Lúcio Corazza (141 artigos), egresso da graduação, do mestrado e do doutorado em Engenharia Química pela UEM e professor da UFPR; e Edson Antonio da Silva (83 artigos), egresso da graduação e do mestrado em Engenharia Química pela UEM e professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

Conheça melhor os 16 pesquisadores mais produtivos

– Adelar Bracht, professor aposentado do Departamento de Bioquímica (DBQ), voluntário nos programas de pós-graduação em Bioquímica (PBQ) e em Ciência de Alimentos (PPC) e bolsista 1A de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

– Adley Forti Rubira, professor aposentado do DQI, voluntário no PQU e bolsista 1A de produtividade em pesquisa do CNPq.

– Angelo Antonio Agostinho, professor aposentado do Departamento de Biologia (DBI), voluntário no Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (PEA) e bolsista 1A de produtividade em pesquisa do CNPq. Um dos cientistas mais influentes do mundo.

– Carlos Alberto Scapim, professor do Departamento de Agronomia (DAG), dos programas de pós-graduação em Agroecologia (Profagroec), em Agronomia (PGA) e em Genética e Melhoramento (PGM), além de bolsista 1A de produtividade em pesquisa do CNPq.

– Celso Vataru Nakamura, professor aposentado do Departamento de Ciências Básicas da Saúde (DBS), voluntário nos programas de pós-graduação em Ciências Biológicas (PBC) e em Ciências Farmacêuticas (PCF), além de bolsista 1A de produtividade em pesquisa do CNPq. Um dos cientistas mais influentes do mundo.

– Edvani Curti Muniz, professor aposentado do DQI, voluntário no PQU e bolsista 1A de produtividade em pesquisa do CNPq.

– Ervin Kaminski Lenzi, egresso da graduação em Física pela UEM, ex-professor do Departamento de Física (DFI), de 2002 a 2014, bolsista 1C de produtividade em pesquisa do CNPq e atual docente da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

– Jesuí Vergílio Visentainer, professor aposentado do DQI, voluntário no PPC e no PQU, além de bolsista 1B de produtividade em pesquisa do CNPq. Um dos cientistas mais influentes do mundo.

– Lúcio Cardozo Filho, professor do DEQ, do PGA e do PEQ, além de bolsista 1A de produtividade em pesquisa do CNPq.

– Mauro Luciano Baesso, professor do DFI, dos programas de pós-graduação em Física (PFI) e em Odontologia Integrada (PGO), bolsista 1A de produtividade em pesquisa do CNPq, além de reitor da UEM entre 2014 e 2018.

– Ricardo Pereira Ribeiro, professor do Departamento de Zootecnia (DZO), do PPC e do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (PPZ), além de bolsista 1D de produtividade em pesquisa do CNPq.

– Rosane Marina Peralta, professora do DBQ, do PBQ, do PPC e do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Ambiental (PBA), além de bolsista 1B de produtividade em pesquisa do CNPq.

– Rosangela Bergamasco, professora do DEQ, do PBA e do PEQ e bolsista 1B de produtividade em pesquisa do CNPq.

– Sonia Silva Marcon, professora do DEN e do PSE, além de bolsista 1B de produtividade em pesquisa do CNPq.

– Tania Ueda Nakamura, professora do DBS e do PCF e bolsista 1A de produtividade em pesquisa do CNPq.

– Terezinha Inez Estivalet Svidzinski, professora aposentada do Departamento de Análises Clínicas e Biomedicina (DAB) e voluntária nos programas de pós-graduação em Ciências da Saúde (PCS) e em Biociências e Fisiopatologia (PBF), além de bolsista 1D de produtividade em pesquisa do CNPq.

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