UEM comemora 49 anos do reconhecimento federal como instituição de ensino superior

A aprovação da UEM foi considerada um marco para sua consolidação no âmbito nacional e um passaporte para novas conquistas: autonomia na criação de cursos, acesso facilitado a financiamentos, celebração de convênios nacionais e internacionais e validação de diplomas em todo o País.
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12/05/2025 - 16:00
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A Universidade Estadual de Maringá (UEM) completou no dia 11 de maio 49 anos de reconhecimento federal. Jornais da época registraram cada etapa da busca como instituição de ensino superior. As manchetes iam do protocolo à comemoração do parecer favorável do Conselho Federal de Educação (CFE), culminando no  Decreto nº 77.583 assinado pelo presidente Ernesto Geisel em 11 de maio de 1976.

A notícia, aguardada com grande expectativa pela comunidade acadêmica, foi recebida com festa e carreata pela cidade. O pedido oficial de reconhecimento foi protocolado em 10 de julho de 1975. Sob a gestão do reitor Rodolfo Purpur e do vice-reitor Neumar Godoy, uma força-tarefa liderada pelo professor Argemiro Aluísio Karling, então coordenador do curso de Pedagogia, reuniu a documentação exigida. Foi necessário um caminhão para transportar até Brasília os 46 volumes que atestavam a qualidade de 16 cursos da instituição.

A aprovação da UEM foi considerada um marco para sua consolidação no âmbito nacional e um passaporte para novas conquistas: autonomia na criação de cursos, acesso facilitado a financiamentos, celebração de convênios nacionais e internacionais e validação de diplomas em todo o País.

Desde então, o dia 11 de maio passou a integrar a tríade de datas comemorativas da UEM, ao lado da criação da universidade, autorizada por lei estadual em 6 de novembro de 1969, e da fundação oficial, formalizada por decreto estadual em 28 de janeiro de 1970.

O reitor Leandro Vanalli comenta que a UEM, após o seu reconhecimento como universidade, impulsionou sua participação no desenvolvimento não só de Maringá, mas de toda a região Noroeste. “A UEM, ao ter o seu reconhecimento adquiriu uma importância que transcende a formação de profissionais qualificados, passou a ser um centro de produção e disseminação de conhecimento com o potencial de transformar a realidade socioeconômica da nossa região”, disse.

"Acreditamos no potencial da nossa região e na força transformadora da educação e do conhecimento. Contamos com o engajamento de toda a comunidade acadêmica, das lideranças regionais e de cada cidadão para construirmos juntos um futuro onde a nossa universidade seja sinônimo de desenvolvimento, inovação e progresso para toda a nossa região, para o Paraná, o Brasil, e que ela seja global", afirmou.

CHANCELA – A chancela federal, conquistada cerca de sete anos após a criação da UEM, representou um divisor de águas, conferindo à universidade autonomia para expandir seus horizontes acadêmicos e firmar-se como uma Instituição de Ensino Superior (IES) de pleno direito.

Cinco décadas se passaram desde aquele 11 de maio. A universidade, inicialmente fundada a partir de três faculdades isoladas — Ciências Econômicas (1959), Direito (1965) e Filosofia, Ciências e Letras (1966) — e do Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas (1969), se tornou referência em ensino superior no Brasil e no mundo.

Presente em sete câmpus, a UEM oferece 70 cursos de graduação presenciais e a distância, com 20 mil estudantes atualmente matriculados em cursos de graduação e pós-graduação. Desde sua fundação, 85.836 profissionais foram formados nas mais diversas áreas do conhecimento.

A pós-graduação também é destaque: são 56 programas de mestrado, 29 de doutorado, 14 cursos de especialização e 27 residências médicas e multiprofissionais. Apenas na pós, são mais de 3.800 estudantes matriculados — 1.421 no mestrado, 1.243 no doutorado e 1.185 em especializações e residências.

Esse universo acadêmico é atendido por 1.568 docentes e 1.991 agentes universitários. Desses, mais de 600 têm formação em nível superior, e cerca de 300 possuem títulos de mestrado ou doutorado.

RECREDENCIAMENTO – Até 1996, o processo de reconhecimento da universidade não precisava ser renovado. Com as mudanças estabelecidas pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, passou a ser exigido o recredenciamento institucional a cada dez anos, sob responsabilidade do Conselho Estadual de Educação e coordenação da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

Esse processo envolve avaliação criteriosa da organização institucional, políticas e práticas voltadas ao ensino (graduação e pós-graduação), pesquisa e extensão, bem como da infraestrutura e do corpo social.

Em março de 2020, o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou o recredenciamento institucional da UEM, juntamente com UEL, UEPG, Unicentro e Unioeste.

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