Seminário recebe representante da ONU e debate atenção à saúde dos adolescentes

Em encontro da Sesa, Anna Cunha reforçou que ações direcionadas para a promoção da saúde do adolescente são fundamentais no fortalecimento dos direitos desses jovens. Encontro busca qualificar profissionais e gestores da saúde para acolhimento deste público.
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03/05/2023 - 18:50
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Com o tema “Direito da gestante adolescente e paternidade responsável: desafios para a saúde”, a representante da ONU para o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Anna Cunha, participou nesta quarta-feira (3) do I Seminário de Qualificação da Atenção à Saúde do Adolescente. O encontro é promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e voltado para profissionais da saúde, da assistência social e da justiça de todo o Paraná.

Realizado pela Divisão de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente da Sesa, o seminário busca qualificar os profissionais e gestores para o acolhimento dos adolescentes, ampliar ações de promoção, prevenção, atenção a agravos e reabilitação da saúde, além de proporcionar ferramentas para as equipes atuarem nas unidades de atendimento. 

O evento iniciou nesta terça-feira e segue até quinta (4), em Curitiba, e tem a parceria do Ministério da Saúde e da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com o apoio e participação da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania e do Ministério Público do Paraná. 

Anna Cunha reforçou que ações direcionadas para a promoção da saúde do adolescente são fundamentais no fortalecimento dos direitos desses jovens. “É fundamental esse encontro para a qualificação dos profissionais que de alguma forma lidarão com a saúde e assistência aos adolescentes. Importante ter essa sensibilidade, pois vivem uma fase de transição. Os profissionais precisam estar preparados para lidar com eles”, ressaltou.

A palestrante destacou, ainda, os números do Paraná referentes à gravidez na adolescência, que é de 11,1% do total de gestações, ficando abaixo da média nacional, que é de 14%. “A cada três gestações na adolescência, duas não foram planejadas, por isso a necessidade de uma rede de apoio e a importância em se trabalhar com a saúde sexual e reprodutiva”, reforçou a represente da ONU.

“Nossas equipes da Atenção Primária não medem esforços para atender de forma humanizada e resolutiva os adolescentes. É uma fase em que precisam de apoio e de muitas mudanças físicas e psicológicas. Reunir pessoas para debater o tema e traçar estratégias nesse sentido podem fazer a diferença na vida de cada um deles”, ressaltou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. 

Além desta palestra, também foram abordados temas sobre adolescência saudável, que tratou do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento dos jovens; a imunização do adolescente, sobre desafios da cobertura vacinal, e prevenção do suicídio.

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