Protagonismo paranaense na cadeia de proteínas animais é destaque em congresso nacional

O Estado é o principal produtor de proteínas animais com abate de mais de 2,2 bilhões de cabeças de frango, 12,4 milhões de cabeças de suínos, quase 629 mil bovinos e mais de 180 mil toneladas de peixes. Alimenta 2025 vai até quarta-feira, em Curitiba.
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17/06/2025 - 09:10

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A relevância do Paraná no cenário de produção e exportação de proteínas animais e a capacidade do Brasil de dar resposta rápida, segura e coordenada à ocorrência recente de gripe aviária no Rio Grande do Sul foram destaques durante a solenidade de abertura do Alimenta 2025 Congresso e Feira Internacional de Proteína Animal, na noite desta segunda-feira (16). O evento segue até esta quarta-feira (18) no Campus da Indústria da Fiep, em Curitiba.

“Nos últimos sete anos o Estado do Paraná é o que mais cresceu, que mais se desenvolveu, que mais gerou empregos no País, mas também foi o que mais cuidou do meio ambiente”, afirmou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes, que representou o governador Carlos Massa Ratinho Júnior na solenidade.

Segundo ele, a primeira situação que levou a esse resultado foi a decisão por fazer os licenciamentos ambientais com agilidade, segurança técnica e segurança jurídica. “Entendemos que não é porque um licenciamento demora bastante que ele é bom e nem porque você faz com agilidade que ele é ruim”, disse.

Em segundo lugar, houve uma política de incentivos fiscais muito forte. “Foi uma mudança de comportamento”, declarou. De acordo com o secretário, o governo estadual injetou no mercado, como devolução de recursos de ICMS, mais de R$ 3,7 bilhões. “O Estado foi parceiro do setor privado”.

E, por fim, acentuou a força do setor de defesa agropecuária, que é um dos mais robustos do País. “Acho que essas três coisas são as bases que nos colocam aqui nesse momento histórico para as proteínas animais paranaenses: os licenciamentos, os incentivos fiscais e a segurança da defesa sanitária”, disse Nunes.

PRODUÇÃO – Em 2024 o Paraná abateu mais de 2,2 bilhões de cabeças de frango, 12,4 milhões de cabeças de suínos, quase 629 mil bovinos e produziu mais de 180 mil toneladas de peixes, mantendo a liderança em produção de proteínas animais no Brasil. As exportações do Estado alcançaram 2,171 milhões de toneladas de carne de frango, 183,6 mil toneladas de carne suína, 32,6 mil toneladas de carne bovina e 7,6 mil toneladas de peixes.

Nos últimos seis anos, o Estado registrou um aumento de quase 34% na suinocultura e de 24,4% na criação de galinhas para abate, com expectativa de nova alta em 2025 após o recorde de produção de carne de frango, suína e bovina no 1º trimestre deste ano.

“Há muito tempo atrás fizemos um pacto a favor do principal negócio paranaense e brasileiro, não é qualquer setor que traz todo ano 1 trilhão de dólares em divisas líquidas para o nosso país, estou falando de comida e, entre elas, obviamente, aquilo em que nós somos importantes, relevantes no mundo, que são as proteínas animais”, disse o secretário de Estado da Fazenda, Norberto Ortigara. “Foi com muito chão batido, muito esforço, muita visão estratégica para chegar onde chegamos”.

Segundo ele, os desafios continuam, entre eles os cuidados sanitários, mas também a transformação das matérias-primas para agregar valor. “Esse é um desafio importante porque é nosso principal negócio, não dá para afrouxar, tem que continuar inovando, buscando baratear cada vez mais, trazendo rentabilidade para o produtor, para a agroindústria”, disse.

O presidente do Alimenta 2025 e do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Roberto Kaefer, salientou que o fórum nasceu da necessidade de olhar com profundidade, estratégia e união para toda a cadeia produtiva da proteína animal. “Temos aqui os protagonistas de um setor que organiza, que orgulha o Brasil e sustenta o Paraná, as quatro grandes cadeias produtivas de carnes: frangos, suínos, bovinos e peixes”, afirmou.

“Vivemos tempos de transformações rápidas, conectividades intensas e novas exigências de mercado, e nesse cenário a biosseguridade se torna um ativo estratégico, um verdadeiro patrimônio brasileiro”, acentuou. “A prova é o sucesso na pronta reação ao foco de Influenza Aviaria registrado em maio, poucas semanas após o diagnóstico já nos encontramos em fase de autodeclaração e livres dessa enfermidade”.

PRESENÇAS – Também participaram da solenidade o secretário de Estado do Turismo, Leonaldo Paranhos; o diretor-presidente do Detran, Santin Roveda; o presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins; o senador Sérgio Moro; o deputado federal Pedro Lupion; os deputados estaduais Flávia Francisquini e Luiz Corti; o presidente da Ocepar, José Roberto Ricken; o presidente da Fiep, Edson Vasconcelos; o ex-ministro da Agricultura, Antonio Cabrera; o presidente da ABPA, Ricardo Santin; o presidente da Frimesa, Elias Zydek; e o presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues.

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