Projetos ambientais paranaenses são destaques em painel da COP15, no Canadá

Representantes do Paraná participara do painel “Unir Esforços”, que teve o objetivo de mostrar exemplos de parcerias bem-sucedidas para melhorar a implementação do Marco Global da Biodiversidade pós-2020. Parques Paraná e Paraná Mais Verde foram destaques.
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13/12/2022 - 16:20

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Com o tema “Unir Esforços”, representantes do Estado do Paraná abriram, nesta segunda-feira (12), em Montreal (Canadá), um dos principais painéis da COP15 (Conferência da Biodiversidade da Organização das Nações Unidas) e do 7º Summit for Subnational Governments & Cities. O Estado foi referência no encontro da cúpula dos governos subnacionais e cidades, organizado pela Regions4 e ICLEI.

Além do painel, a delegação paranaense participou de reuniões com o Governo de Jalisco (México), com a Secretaria de Agricultura e a presidência da Naturatins (Tocantins) e, ainda, com a Fundação O Boticário. Também integrou a agenda uma cerimônia em que o Paraná recebeu o certificado de fundador, juntamente com outros governos subnacionais, da iniciativa Regions With Nature - para colaboração e divulgação das ações para conservação dos governos.

A comitiva do Paraná é formada pelo diretor de Políticas Ambientais da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Rafael Andreguetto; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; e o diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná, Giancarlo Rocco. A delegação permanece no Canadá até o dia 16.

A Regions4 e o ICLEI possuem a mesma linha de atuação, sendo o primeiro voltado aos estados, regiões e províncias, e o segundo às cidades. Os grupos são a voz global dos governos regionais perante as negociações da ONU, iniciativas da União Europeia e discussões globais nas áreas de mudança climática, biodiversidade e desenvolvimento sustentável. 

PAINEL – O painel teve o objetivo de mostrar exemplos de parcerias bem-sucedidas para melhorar a implementação do Marco Global da Biodiversidade pós-2020 (conhecido pela sigla em inglês GBF), centrando-se em toda a abordagem governamental e de toda a sociedade.

“Precisamos de mais ações com os cidadãos, mas com mais ênfase nos povos indígenas e nas comunidades tradicionais, pois eles conhecem e praticam a verdadeira bioeconomia e as conhecidas economias verde e azul”, ressaltou Rafael Andreguetto na abertura do painel.

Ele destacou o projeto Parques Paraná, que recebeu o prêmio Braztoa de Sustentabilidade neste mês, cuja linha de ação é o trabalho realizado junto com as comunidades tradicionais nas áreas protegidas. O IAT administra 70 Unidades de Conservação, divididas entre 50 unidades em regime de proteção integral e 20 unidades em regime de uso sustentável, totalizando uma área de 1.250.235,77 hectares conservados.

“Outro exemplo é sobre a nossa principal economia do setor, a agricultura e a pecuária. Estamos em segundo lugar no Brasil na plantação de soja, no primeiro lugar com explorações piscícolas e de porco, o que torna real a possibilidade de transformar estas emissões em biogás e biometano no hidrogénio verde”, completou Andreguetto.

Outro exemplo, segundo ele, é o programa Paraná Mais Verde, que atua com a educação ambiental junto à população e já proporcionou a distribuição gratuita de cerca de 7 milhões de mudas de árvores nativas desde 2019.

DESENVOLVIMENTO – Entre as linhas de atuação voltadas ao desenvolvimento sustentável, a Invest Paraná apresentou as ações do programa Vocações Regionais Sustentáveis (VRS), uma iniciativa que fomenta a criação de uma marca para promoção de um produto paranaense nos mercados interno e externo.

“Nosso objetivo é mostrar às comunidades como é possível unir seus esforços e trabalhar com uma marca única, que chame a atenção dos mercados interno e externo e proporcione mais valor agregado nos seus produtos, sejam eles o palmito, a banana ou qualquer produto típico de uma determinada região”, destacou Giancarlo Rocco.

O projeto também prevê a comercialização dos produtos típicos e sustentáveis em locais chamados Ponto Paraná, instalados estrategicamente na beira de estradas, como pontos de parada dos viajantes.

Da experiência paranaense apresentada na COP15, segundo Rocco, surgiu uma possível parceria com o México para ampliação de transferência de informações técnicas entre entre as partes.

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