Produtores de feijão do Paraná estimam colher 242 mil toneladas na primeira safra

A produção é 24% superior às 195 mil toneladas do ano passado, ainda que o plantio esteja atrasado em relação a anos anteriores, em razão do excesso de chuvas entre setembro e outubro. A colheita deve começar na segunda quinzena de dezembro.
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10/11/2022 - 14:20

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O Paraná deverá colher 242 mil toneladas de feijão na primeira safra 2022/23, ainda que o plantio esteja atrasado em relação a anos anteriores, em razão do excesso de chuvas entre setembro e outubro. A análise está no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 4 a 10 de novembro. O documento é publicado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.

A área destinada ao feijão de primeira safra – que não é a principal dessa cultura no Estado do Paraná – tem reduzido nos últimos anos, cedendo espaço principalmente para a soja e milho. No atual ciclo, a projeção é de 122 mil hectares, ou 12% menor que na anterior, quando chegou a 139 mil hectares. No entanto, a produção de 242 mil toneladas é 24% superior às 195 mil toneladas do ano passado.

De acordo com as informações colhidas pelos técnicos do Deral, as condições climáticas desfavoráveis fizeram com que, até agora, o plantio se estenda por 87% da área. Em anos anteriores, neste período, o volume era de 95% a 100%. As áreas mais extensas que ainda devem receber as sementes estão nas regionais de Curitiba, Irati, Guarapuava e União da Vitória. Elas representam aproximadamente 60% do total do Estado.

No entanto, desde a semana passada, os trabalhos puderam ser intensificados, com plantio e tratos culturais. De acordo com os produtores, as chuvas excessivas e as baixas temperaturas também prejudicaram a qualidade das lavouras já implementadas, o que pode resultar em baixas produtividades. Na entressafra, o abastecimento paranaense é feito pelo produto de Minas Gerais e Goiás. No Estado, a colheita deve começar na segunda quinzena de dezembro.

GRÃOS E FRUTAS – O boletim mostra também que o plantio de soja e milho caminha para a reta final no Estado e ambas as culturas apresentam bom desenvolvimento, de forma geral. No caso da soja, foram plantados 79% dos 5,7 milhões de hectares, enquanto o milho já cobre 93% dos 400 mil hectares previstos.

Na fruticultura, o documento discorre sobre a lichia, produto com origem no Sul subtropical da China e Norte do Vietnã. No Paraná, em 2021, a fruta foi colhida em 175 hectares, com produção de 1,2 mil toneladas e Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 12,5 milhões. A região de Jacarezinho é a principal produtora, com 54,4% de participação e destaque para Carlópolis.

LEITE E MEL – O boletim afirma que o preço do leite está se aproximando da normalidade. Depois de um pico de R$ 3,35 o litro recebido pelo produtor em setembro, o produto foi cotado, em outubro, a R$ 2,82. No varejo, o longa vida fechou o mês passado com preço 7,8% mais barato comparativamente a setembro, no Paraná.

Na apicultura, registra-se que, por todo o território brasileiro, há a exploração econômica da atividade. O Censo Agropecuário de 2017 apontou 101.947 estabelecimentos agropecuários na apicultura. No Paraná, eram 12.941. A Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM/IBGE) de 2021 mostra que o Estado produziu 8.843 toneladas (15,1% do volume do País).

OVOS – O documento do Deral registra ainda a exportação de 17.824 toneladas de ovos e ovoprodutos pelo Brasil nos nove primeiros meses de 2022. O volume é 2,6% maior que igual período de 2021. O Paraná mantém a primeira colocação, com 4.276 toneladas exportadas e faturamento de US$ 19,3 milhões.

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