Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia & Inovação está com as inscrições abertas

Ele tem três categorias: pesquisador destaque, pesquisador inovador e profissional de comunicação. As inscrições vão até o dia 31 de outubro. Premiação é dividida em etapas: Estadual e Nacional. Na Nacional, os agraciados receberão certificados de premiação, troféus e premiação financeira.
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10/10/2023 - 11:40

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A Agência Araucária abriu as inscrições para a etapa estadual do Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia & Inovação – Johanna Döbereiner. Ele tem três categorias: pesquisador destaque, pesquisador inovador e profissional de comunicação. As inscrições vão até o dia 31 de outubro. O edital está disponível AQUI.

Em sua 3ª edição, o prêmio promovido pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) tem patrocínio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI) e apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O Confap congrega 27 Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) que estão sediadas nos 26 estados e no Distrito Federal. Com o objetivo de buscar equilíbrio entre as unidades federativas, a premiação é dividida em duas etapas: Estadual e Nacional.

A Estadual será conduzida no Paraná pela Araucária. Conforme o edital do prêmio, as instituições de ciência, tecnologia e inovação poderão indicar um candidato a pesquisador destaque em cada uma das subcategorias: Ciências da Vida, Ciências Exatas e Ciências Humanas. Também poderão indicar um candidato a pesquisador inovador em cada uma das subcategorias: Inovação para o Setor Empresarial e Inovação para o Setor Público.

Na categoria profissional de comunicação poderão concorrer profissionais com atuação no Estado, portadores de carteira de trabalho, contrato de trabalho e/ou declaração que comprove sua atuação laboral. O profissional de comunicação indicado para esta categoria deverá indicar o meio de veiculação do material jornalístico que submeterá ao prêmio: mídia impressa; internet; telejornalismo; ou rádio. A categoria profissional de comunicação não possui subcategorias.

A Araucária será responsável por selecionar e indicar os primeiros colocados em cada categoria e que, na sequência, concorrerão com os indicados pelas demais FAPs na etapa nacional. “Esta é uma importante iniciativa de valorização da ciência brasileira e temos auxiliado as edições com excelentes indicações de paranaenses”, destaca o gerente de Ciência, Tecnologia e Inovação da Agência Araucária, Nilceu Deitos.

Na etapa Nacional, os agraciados receberão certificados de premiação, troféus e premiação financeira. Os classificados em cada categoria/subcategoria receberão R$ 10 mil (1º lugar), R$ 6 mil (2º) e R$ 3 mil (3º). A premiação financeira total nesta terceira edição é de R$ 114 mil. A cerimônia de premiação está prevista para ser realizada em março de 2024.

HOMENAGEM – Em cada edição, o Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia & Inovação recebe o nome de um pesquisador ou pesquisadora com relevantes contribuições à CT&I nacional. Na primeira edição, em 2021, o homenageado foi Francisco Romeu Landi (em memória), na segunda edição, em 2022, Odete Fátima Machado da Silveira (em memória). Nesta terceira edição, o prêmio recebe o nome da professora e pesquisadora Johanna Liesbeth Kubelka Döbereiner (em memória).

Ela nasceu em 28 de novembro de 1924, na cidade de Aussig, antiga Tchecoslováquia. Em 1950, deixou a Europa e migrou para o Brasil, quando começou a trabalhar no antigo Serviço Nacional de Pesquisas Agronômicas – antecessor da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Johanna naturalizou-se brasileira em 1956.

Tinha graduação em Agronomia pela Universidade de Munique (Alemanha), mestrado em Microbiologia do Solo pela Universidade de Wisconsin-Madison (EUA), doutorado em Microbiologia do Solo pela Universidade da Flórida (EUA) e pós-doutorado pela Rothamsted Experimental Station (Inglaterra). Foi professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); membra da Academia Pontifícia de Ciência do Vaticano, nomeada pelo Papa Paulo VI, da Academia de Ciência de Nova York (EUA) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), instituição da qual chegou a ser vice-presidente, em 1995.

Pioneira em biologia do solo, Johanna iniciou na década de 60 um programa de pesquisas sobre os aspectos limitantes da fixação biológica de nitrogênio (FBN) em leguminosas tropicais. O programa brasileiro de melhoramento da soja, iniciado em 1964, influenciado pelas pesquisas dela, adotou a técnica de adubação com bactérias fixadoras. A alternativa permitiu a eliminação dos adubos nitrogenados na cultura e representou uma economia anual de bilhões de dólares para o Brasil. A soja brasileira ficou mais barata e competitiva comercialmente.

Ao longo de décadas de pesquisa, a cientista descobriu nove espécies de bactérias fixadoras de nitrogênio, capazes de interagir com inúmeras espécies de plantas. Autora de mais de 500 trabalhos científicos, publicados em revistas nacionais e internacionais, Johanna foi professora e orientadora de dezenas de pesquisadores.

Em 1997, o nome dela foi proposto pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) para o Prêmio Nobel de Química. A pesquisadora faleceu em 5 de outubro de 2000, na cidade de Seropédica/RJ, aos 75 anos.

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