Polícia Penal do Paraná participa de projeto nacional de controle de tráfego de drones

O interesse é compreender os melhores usos da tecnologia para monitoramento do sistema penitenciário. O convite foi do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), do Ministério da Defesa.
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19/04/2024 - 08:20

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A Polícia Penal do Paraná (PPPR), por meio da Divisão de Operações Aéreas (DOA), integra de forma permanente o grupo de trabalho do projeto BR-UTM (do inglês, Unmanned Traffic Management), que atua no desenvolvimento de um sistema de gerenciamento de tráfego aéreo não tripulado no Brasil. O convite foi do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), do Ministério da Defesa.

O grupo de trabalho teve sua terceira reunião realizada nesta semana na sede do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), em São José dos Campos (SP) e foi dividida entre os painéis de Governança, Tecnologia e Operacional, refletindo a abrangência das discussões sobre a gestão do tráfego de drones. Atualmente, a PPPR participa dos grupos de Tecnologia e Governança.

O evento reuniu especialistas, representantes da indústria, autoridades governamentais e acadêmicas, além de organizações militares de outras forças. Durante os três dias, foram abordadas questões como regulamentação, tecnologia e integração de sistemas, abrangendo discussões das tecnologias emergentes, como inteligência artificial e comunicação 5G, e como elas podem ser aplicadas para aprimorar a gestão.

Segundo o diretor-geral da Polícia Penal do Paraná, Reginaldo Peixoto, o interesse é compreender os melhores usos da tecnologia para monitoramento do sistema penitenciário. “Um sistema de gerenciamento eficiente de tráfego aéreo não tripulado é importante para a melhoria da segurança e na prevenção de atividades ilegais nas imediações das unidades penais, complementando os esforços de segurança já realizados em terra”, destacou.

No evento, o policial penal e chefe da Divisão de Operações Aéreas da PPPR, Vinicius Vieira Pedroso, ministrou uma palestra para a equipe de Tecnologia, falando sobre as particularidades do sistema penitenciário. “Tivemos um feedback muito positivo. Até então nenhuma outra força de segurança pública havia participado com esse grau de engajamento do BR-UTM”, complementou.

O gerenciamento de tráfego aéreo tem como objetivo evitar colisões entre aeronaves tripuladas e não tripuladas, coordenar o tráfego entre as próprias aeronaves remotamente pilotadas, além de colaborar na aplicação e no cumprimento das regulamentações, garantindo que os operadores sigam as leis e as restrições de voo.

BR-UTM – O projeto fornece informações sobre restrições e gestão do uso de espaço aéreo. Também auxilia no acompanhamento de operações e fornece informações em tempo real sobre a situação de determinada área.

Entre os dias 1 e 4 deste mês, a equipe do Projeto BR-UTM executou o primeiro ensaio operacional da iniciativa. O teste ocorreu em São Carlos (SP), com participação de empresas parceiras, na área operacional destinada a ensaios de drones.

Com operações realizadas em diferentes cenários, foi possível coletar informações de conexão dos sistemas, parametrização com os equipamentos e telemetria de dados de voos concomitantes em tempo real. Um dos cenários testados foi a integração com o ATM (Air Traffic Management), na qual seis operações simultâneas de voo realizaram com sucesso o “desconflito” entre os espaços aéreos solicitados.

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