Polícia Civil orienta população sobre o "golpe do bilhete premiado"

Esse tipo de golpe costuma aumentar neste período, devido aos sorteios de fim de ano. Há casos em que, ao invés de falso bilhete, os criminosos usam um precatório ou uma herança a receber para enganar a vítima.
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21/12/2022 - 10:40

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A Polícia Civil do Paraná (PCPR) orienta a população para não cair no golpe do bilhete premiado e o que fazer caso seja vítima. Com os sorteios de final de ano, esse tipo de golpe tende a aumentar e a principal dica é desconfiar de promessas de dinheiro fácil e rápido. Por mais convincente que uma história pareça, fique sempre em alerta quando alguém fizer uma abordagem oferecendo dinheiro, assim como muitas vantagens e ofertas irreais feitas por desconhecidos.

O golpe acontece quando uma vítima é abordada em via pública e o estelionatário se passa por uma pessoa humilde que tem um bilhete premiado em mãos. Em seguida, outros golpistas aparecem e simulam uma ligação para o gerente de um banco que confirma o suposto bilhete como verdadeiro. O delegado-titular da Delegacia de Estelionato, Emmanoel David, diz que também há casos em que o “bilhete” é substituído por um precatório ou uma herança a receber.

Depois, os golpistas convencem a vítima a transferir valores, entregar cartões e outros itens financeiros para o falso vencedor como garantia para o recebimento do prêmio. A vítima, nesses casos, acredita que irá ficar com parte do prêmio. A prática criminosa acontece geralmente próximo a bancos. 

“As vítimas vão até os seus bancos, fazem transferências de valores altos para os estelionatários, tiram dinheiro em espécie e acabam fazendo a entrega para os que posteriormente fogem”, explica o delegado.

Caso se veja vítima do golpe do bilhete premiado, imediatamente registre o Boletim de Ocorrência, que pode ser feito online pelo site da PCPR ou na delegacia mais próxima. O delegado alerta para que a vítima guarde todas as evidências.

“Se fez transferências bancárias, junte todas com correspondentes números de Pix, CPF e e-mail que identifiquem quem foi o beneficiário daquela transferência. É importante também levar elementos que podem ajudar a começar a investigação, como o caminho que fez junto aos estelionatários, para ver se passou por ruas com câmeras, o banco em que entrou, o gerente que o atendeu”, alerta.

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