Plataforma digital leva microcrédito da Fomento Paraná a todo o Estado

Instituição financeira estadual atua por meio de uma rede de agentes de crédito, em parceria com os municípios, e agora também recebe propostas de empréstimos e financiamentos diretamente no portal da empresa na internet. Linhas de crédito com prazos alongados, carência e taxas de juros diferenciadas ajudam a movimentar a economia paranaense.
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02/06/2021 - 15:40
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A Fomento Paraná promove ao longo do mês de junho uma campanha para divulgar sua principal linha de crédito, o microcrédito. A instituição financeira estadual reduziu em 4 pontos porcentuais ao ano as taxas de juros na opção do Banco da Mulher Paranaense e no Banco do Empreendedor e agora também oferece microcrédito em versão digital, a partir do portal da empresa na internet.

“Continuamos trabalhando com a rede de agentes de crédito nos municípios, inclusive ampliando as parcerias, que são fundamentais para recepcionar, orientar o empreendedor e encaminhar as propostas. E com a plataforma digital também conseguimos atender empresários de outras cidades, onde ainda não temos agentes habilitados”, explica Vinícius Rocha, diretor de Mercado.

O Microcrédito Fácil em versão digital foi desenvolvido pela equipe de Tecnologia da Informação da Fomento Paraná e estava em teste deste outubro de 2020, por conta das limitações de deslocamento e de atendimento presencial, provocadas pelas medidas sanitárias de proteção à pandemia.

Para fins de orientação e obtenção de crédito, é seguido o modelo do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), com agentes de crédito que fazem visitas de verificação e acompanhamento dos empreendimentos. Alterações feitas na Lei Federal 13.999/20, que instituiu o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), permitiram também o uso de tecnologias digitais e eletrônicas para substituir o contato presencial.

Desde outubro, foram recepcionadas 1.340 propostas na nova modalidade de acesso, que somam cerca de R$ 20 milhões. “Imaginávamos que muitos desses pedidos viriam de municípios onde não há agentes de crédito, mas chegaram de todo o Estado, pois essa facilidade está disponível também onde mantemos parceria com a prefeitura”, diz Robson Pascoal Pereira, da equipe de analistas de TI.

Nas propostas vindas de cidades onde existe parceria ativa com a prefeitura, é feito o tratamento inicial e o pedido é encaminhado ao agente de crédito para formalizar a contratação, o que agiliza o processo para o cliente.

FUNDO DE AVAL A Fomento Paraná segue promovendo melhorias no microcrédito. Está em fase adiantada de implantação o Fampe (Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas), em parceria com o Sebrae, e o Fundo de Aval Garantidor das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (FAG/PR), além de diversas otimizações no processo de análise financeira, visando dar ainda mais agilidade na concessão de crédito.

​Os fundos criam novas opções de garantia para essas operações, antes possível somente mediante o aval de terceiros. “O fundo de aval viabiliza uma opção de garantia para milhares de MEIs e microempresários para facilitar a contratação de operações de microcrédito, para capital de giro ou pequenos investimentos”, afirma o diretor de Operações do Setor Privado, Renato Maçaneiro.

Segundo ele, uma das maiores dificuldades dos pequenos negócios é justamente o avalista ser a única opção de garantia. Pelo Fampe, o Sebrae entra como avalista complementar da linha de crédito, garantindo até 80% da operação. Os fundos de aval também contribuem para mitigar as perdas financeiras da instituição por inadimplência. Fomento

MICROCRÉDITO O programa de microcrédito da Fomento Paraná, operacionalizado por meio da rede de agentes de crédito, está presente em mais de 250 municípios paranaenses conveniados. O objetivo é apoiar empreendedores informais, Microempreendedores Informais (MEI) e microempresas, que tem faturamento anual de até R$ 360 mil.

Nos últimos dez anos a instituição colocou mais de R$ 570 milhões em crédito para esses empreendimentos. Os recursos são próprios ou de repasses do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), e também com recursos do FDE (Fundo de Desenvolvimento Econômico), que é gerenciado pela Fomento Paraná.

A carteira ativa de microcrédito, que representa os recursos que estão hoje no caixa dessas empresas ou circulando na economia, soma pouco mais de R$ 250 milhões. Em volume de contratos, operações de microcrédito correspondem a mais de 90% dos empreendedores atendidos pela instituição financeira estadual.

O crédito é limitado a R$ 10 mil para pessoa física (que exerce atividade que pode ser MEI) ou até R$ 20 mil para empreendimentos formalizados há mais de 12 meses. Entre os diferenciais da linha estão o prazo de até 36 meses para pagamento, com prazo de carência de 3 meses, e a taxa de juros, que está entre as menores do mercado.

REDUÇÃO DE JUROS Em meados de maio o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou uma redução da taxa de juros do microcrédito, em 4 pontos porcentuais. Agora, no Banco da Mulher Paranaense, versão dedicada a estimular o empreendedorismo feminino, os juros partem de 0,45% ao mês e no Banco do Empreendedor, a partir de 0,60% ao mês.

No Banco da Mulher Paranaense a taxa de juros é diferenciada, com desconto de 7 pontos porcentuais ao ano, e é voltado a empreendimentos em que mulheres são proprietárias ou sócias. Mais de 4.200 empreendimentos já foram atendidos com cerca de R$ 51 milhões.

“A Fomento Paraná procura atuar com políticas públicas focadas nos espaços que o mercado financeiro tradicional não atua, atendendo principalmente aquele que está começando, o informal, o MEI, a microempresa, que são aqueles que menos tem acesso ao crédito e que mais precisam da mão do Estado”, afirma Heraldo Neves, diretor-presidente da instituição. “Esta é a orientação do governador Carlos Massa Ratinho Junior, a partir do plano de governo, que trouxe também a intenção de estimular o empreendedorismo feminino, especialmente os empreendimentos de micro e pequeno porte, e também a atuação em parceria, nas diversas frentes de trabalho”.

EXEMPLO – A empreendedora Alessandra Carrijo é dona de um e-commerce de brindes e presentes, que vende canecas, almofadas e kits comemorativos. A principal vitrine da loja virtual são as mídias sociais, em especial pelo Instagram, vendendo para todo o Brasil. “Começou como um trabalho free-lancer, mas passou a ser minha atividade principal, há oito anos”, conta Alessandra.

Com dedicação e persistência na atividade, a loja cresceu e a partir do aumento da demanda por presentes ao longo do último ano ela decidiu investir no negócio. A intenção era reformar um espaço da casa para transformar o escritório, antes improvisado, em um ambiente mais adequado e amplo. Para obter os recursos ela procurou a Fomento Paraná e contratou uma operação de microcrédito.

“Montei um espaço maior e comprei um equipamento mais moderno para fabricar alguns artigos do portfólio”, explica Alessandra. “Não estava mais conseguindo atender a demanda e o crédito me ajudou muito, com condições adequadas e a menor taxa que consegui no mercado”.

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