Paraná vai sediar encontro nacional sobre gestão da água em agosto

Edição de 2022 marca a retomada do evento em formato presencial. O encontro acontecerá entre 22 e 26 de agosto em Foz do Iguaçu. A coordenação é do Instituto Água e Terra (IAT).
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16/03/2022 - 12:30

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O ano de 2022 marca a retomada presencial do Encontro Nacional dos Comitês de Bacias Hidrográficas (Encob), em sua 24ª edição. O Paraná vai sediar o evento pela terceira vez consecutiva, entre os dias 22 e 26 de agosto, em Foz do Iguaçu. Em 2021 o Encob aconteceu no formato híbrido, devido à pandemia, e envolveu cerca de 1.200 pessoas. A meta é superar esse público, diante das discussões a respeito da gestão das águas, tema deste ano do encontro nacional.

A coordenação no Paraná é do Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest). A importância da gestão das águas como responsabilidade de todos – instâncias do governo e sociedade civil – foi destacada durante o lançamento oficial do Encob, na noite desta terça-feira (15).

A cerimônia marca o início da organização do evento a ser realizado em Foz do Iguaçu. Participaram membros da comissão organizadora e representantes do Governo do Paraná, em Curitiba. Ela pode ser assistida no canal de Sedest no YouTube.

“Sediar um evento como este representa um ganho muito maior ao Estado, pois recebemos experiências de muitas partes do mundo e podemos melhorar ainda mais a gestão das águas do nosso Estado”, destacou o secretário Márcio Nunes.

“O Paraná tem um grande potencial hídrico, ele é rodeado pelos rios Paranapanema, Iguaçu, Paraná e pelo oceano, e mesmo assim temos conflito pelo uso da água, o que é uma realidade de muitas regiões”, completou, ao ressaltar que conforme a população aumenta, cresce a demanda pelos recursos hídricos.

O Encob é realizado todo ano pelo Fórum Nacional de Comitês de Bacias e o estado-sede, mobilizando representantes da sociedade civil, poder público e usuários de recursos hídricos.

O coordenador do Fórum Nacional de Comitês de Bacias, Luiz Carlos Souza e Silva, afirma que são cerca de 14 mil pessoas envolvidas diretamente com a gestão das águas no País. “O Encob aborda diversos temas sobre a gestão das águas e todos eles foram discutidos com o colegiado coordenador. O Paraná mais uma vez está abraçando essa causa, sendo a essência do encontro a troca de experiências entre diferentes estados e países”, afirmou.

24º ENCOB – O evento reúne mais de 240 Comitês de Bacias instituídos no Brasil. O Paraná possui 10 atuantes e 12 instituídos. Eles são os propositores de políticas públicas para a gestão de 16 bacias hidrográficas, que somam 200 mil quilômetros quadrados.

De acordo com o diretor-presidente do IAT, Everton Souza, os Comitês de Bacias Hidrográficas são o coração da gestão das águas no Brasil, e não é diferente no Paraná. O importante, acrescentou, é que sejam sólidos e com a participação efetiva da sociedade civil, das entidades de ensino superior, das organizações não governamentais e dos órgãos públicos.

“O processo que o Encob traz de troca de experiências e de interação entre as pessoas faz com que os municípios também entendam o quanto que é importante eles participarem desse tipo de evento, que é o maior de águas do Brasil”, ressaltou Souza.

Para o superintendente de Apoio ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos da Agência Nacional das Águas, Humberto Gonçalves, a 24ª edição do Encob representa a redescoberta pós-pandemia do valor da água.

“O evento conta com reuniões, debates, visitas técnicas e troca de experiências. O Paraná está se tornando um especialista no acolhimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas e isso demonstra que o Governo do Estado sabe da importância desses Comitês no gerenciamento das ações em prol da garantia da água”, disse.

De acordo com o diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT e presidente da comissão organizadora local do Encob, José Luiz Scroccaro, os debates e visitas técnicas que o evento oferece ajudam a fortalecer a gestão da água, o bem mais precioso para a sobrevivência humana.

“No ano passado tivemos a participação de 19 países. É uma oportunidade, também, de mostrar a eles o que fazemos pela gestão dos recursos hídricos aqui no Estado”, destacou.

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