Em uma década, o Paraná deu um salto no cenário nacional da inovação, de acordo com o Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID), calculado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). De sexto colocado em 2014, o Estado subiu para o terceiro lugar em 2024, consolidando-se como uma das economias mais dinâmicas e tecnológicas do País. O avanço foi o maior entre os estados do Sul. A série histórica foi divulgada nesta semana e pode ser consultada AQUI.
O desempenho mais recente coloca o Paraná atrás apenas de São Paulo e Santa Catarina no ranking, que avalia 74 indicadores, como infraestrutura, ambiente de negócios e produção tecnológica. A lista dos seis estados mais inovadores permaneceu a mesma na última década, mas com o Paraná registrando o maior crescimento. Completam a lista Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
O Paraná também se destaca no chamado IBID-Contexto, que é um subindicador que analisa as condições que tornam um estado mais ou menos propícios à inovação. O estado também teve o maior salto do Sul, saindo da quinta posição em 2014 para a segunda em 2024.
O levantamento avalia resultados de investimentos estratégicos em pesquisa, parcerias público-privadas e capital humano. "Estamos colhendo os frutos de um trabalho que começou há anos, com foco em integrar academia, empresas e governo", diz o secretário estadual da Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani. “Já temos um grande ecossistema de inovação, universidades públicas e privadas muito bem conceituadas, investimentos em pesquisas e um setor produtivo altamente tecnológico. Nosso foco agora é ser referência em IA no País”.
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Somente no ano passado, o Governo do Paraná destinou, através do Fundo Paraná, R$ 581,6 milhões para ações, programas e projetos estratégicos da área de ciência, tecnologia e inovação. Esse é o valor recorde na história do Estado. Os recursos têm sido direcionados a parques tecnológicos, incubadoras, projetos de pesquisa em universidades, editais de incentivo à startups e educação tecnológica.
“Saltamos de 2022 de um orçamento de R$ 100 milhões para mais de R$ 580 milhões em 2024. Um dos pilares desse avanço é o Fundo Paraná, principal instrumento de financiamento à inovação no Estado”, complementa o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona.
O fundo é aplicado pelas secretarias estaduais da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti); Inovação e Inteligência Artificial (SEIA), além da Fundação Araucária, Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR).
Até o fim de 2024, o Estado também ampliou para 490 o número de ambientes promotores de inovação credenciados em uma estratégia de integração entre pesquisa, setor produtivo e governo. Além disso, o Estado tem 53 incubadoras, 63 pré-incubadoras, 12 aceleradoras, 64 centros de inovação, 35 agências de inovação, 74 hubs de inovação e 154 espaços maker.
Para conectar melhor as regiões do Estado, o Governo do Paraná também está liderando um processo de governança do Sistema Paranaense de Inovação. O objetivo é reunir representantes de diversas áreas de atuação, seja possível entender as demandas das regiões do Paraná e utilizar a inovação como um agente transformador nos municípios, por meio de políticas públicas, incentivo a pesquisas e capacitações.