Paraná leva equipe de saúde aos EUA para garantir avanços no tratamento do autismo

Um dos resultados desse encontro é o novo módulo presencial para formação de multiplicadores em Análise do Comportamento Aplicada (ABA), que será ofertado a partir de 2024. O Paraná foi um dos primeiros estados a incluir a terapia Análise do Comportamento Aplicada, ou ABA, na rede pública de saúde.
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05/10/2023 - 16:40
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Com objetivo de aprimorar o conhecimento dos profissionais de saúde para a continuidade das ações no Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) enviou esta semana uma equipe da Divisão de Saúde da Pessoa com Deficiência para capacitação no Florida Institute of Technology/The Scott Center for Autism Treatment, em Melbourne, nos Estados Unidos. A Sesa visa qualificar o atendimento dos usuários com suspeita e/ou diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A equipe retorna dos EUA nesta sexta-feira (06).

Um dos resultados desse encontro é o novo módulo presencial para formação de multiplicadores em Análise do Comportamento Aplicada (ABA), que será ofertado a partir de 2024.  

A Divisão de Saúde da Pessoa com Deficiência da Sesa mantém parceria com o instituto americano para oferta de cursos a distância em Análise do Comportamento Aplicada para a formação de multiplicadores no Estado. Esses cursos capacitaram e continuam formando profissionais de saúde que atendem pessoas com autismo e seus familiares. Agora a metodologia dá um passo à frente e investe no treinamento presencial, impactando ainda mais na melhora da qualidade de vida e possibilidade de desenvolvimento da autonomia das pessoas.

A capacitação EaD multiprofissional em ABA voltada ao TEA para profissionais de saúde da rede SUS já reuniu 1.846 alunos inscritos. Já a capacitação EaD em ABA para pais, cuidadores e educadores, disponível desde 2021, conta com 42.800 inscritos. Ambas estão no site da Escola de Saúde Pública do Paraná, pelos links módulo de conteúdos e Avasus.

O Paraná foi um dos primeiros estados a incluir a terapia Análise do Comportamento Aplicada, ou ABA (Applied Behavior Analysis, na sigla em inglês), na rede pública de saúde. A implantação do método trouxe esperança àqueles que lutam pela terapia, já que o tratamento é considerado o mais avançado para o TEA.  

Evidências científicas indicam melhoras nos sintomas do autismo a partir do ABA, que proporciona aos autistas o desenvolvimento de sua autonomia por meio da aprendizagem de importantes habilidades sociais e motoras nas áreas de comunicação e autocuidado, além da redução de comportamentos não adaptativos, como estereotipias, agressividade e controle de raiva.

“O número de pessoas capacitadas já é expressivo no Estado e mostra um impacto positivo do acesso à educação em saúde. Essa metodologia reconhecida internacionalmente, com comprovação científica, é uma grande ferramenta para pais e tutores, além dos profissionais de saúde. Auxilia a melhorar cada vez mais o atendimento e a proximidade do cidadão com estes temas tão importantes”, ressaltou o secretário Beto Preto.

“Esse aperfeiçoamento auxilia os profissionais de saúde na identificação de sinais e, quanto mais cedo o autismo for diagnosticado, melhores as chances de reduzir os sintomas. É importante que profissionais da saúde, professores, pais e familiares estejam atentos aos sinais de mudança no comportamento, principalmente de crianças até aos três anos de idade”, alertou a diretora de Atenção e Vigilância da Sesa, Maria Goretti Lopes.   

CONHECIMENTO – Além dos treinamentos, a equipe da Florida Institute of Technology auxiliou a Sesa no desenvolvimento do Protocolo de Avaliação e Atendimento à Pessoa com TEA, adotado no SUS local, disponibilizando instrumentos traduzidos para língua portuguesa. “Nossa equipe da Sesa acompanha esta metodologia, que é uma das mais desenvolvidas e indicadas no mundo para o autismo. Queremos levar o melhor atendimento para o Estado”, acrescenta a chefe da Divisão de Saúde da Pessoa com Deficiência, Aline Jarschel de Oliveira, que está nos EUA..  

DIREITOS – As ações realizadas pela Saúde seguem em consonância com a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e com a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo. Para mais informações acesse AQUI.

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