Investimentos garantem asfalto novo e teatro para Ipiranga

São quatro convênios com o Governo do Estado. Região central da cidade de mais de 100 anos está ganhando pavimentação pela primeira vez. Teatro resolve um vácuo que o município tinha na área cultural e até mesmo para reuniões comunitárias.
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17/12/2020 - 08:41

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Quatro convênios que contam com apoio do Governo do Paraná estão dando nova cara a Ipiranga, cidade de 15 mil habitantes nos Campos Gerais. O município tem mais de 100 anos e nunca teve as ruas da região central, onde vivem 5 mil pessoas, asfaltadas. Os recursos para arrumar esse delay somam R$ 3.437.126,95 e foram viabilizados com apoio de parlamentares. O Estado também ajudou a localidade a tirar do papel o sonho do teatro próprio.

“Investir nos pequenos municípios significa transformar a vida das pessoas perto de casa. Pavimentação é algo que melhora a qualidade do dia a dia, valoriza os imóveis, evita problemas com acidentes”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Estamos viabilizando conquistas que ajudam o Paraná a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”.

Dois convênios são da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas (SEDU). O investimento de R$ 965.561,33, a fundo perdido, que é o mais recente, é utilizado para pavimentar oito ruas. As obras envolvem drenagem, calçadas, meios-fios, sinalização vertical e horizontal e alargamento das pistas.

José Luiz Stroparo, empresário e dono de uma loja no Centro de Ipiranga, afirma que o asfalto era reclamando há 20 anos pela comunidade. “Estávamos apenas com pedra irregular, ruas estreitas, problemas de acostamento. Fora a movimentação muito grande de caminhões também, que atrapalha se não tem condições”, afirma. “Quando chovia, então, não tinha escoamento e formava bastante buracos”.

Proprietário de um hotel no município, Vilson Amaral conta uma história ainda mais antiga. “Há 40 anos era tudo estrada de chão, depois puseram pedra irregular e agora, finalmente, o asfalto. Era um banhado. E, imagina, passa por essa região central todo o trânsito pesado do município, o fluxo das madeireiras, dos frigoríficos”, completa.

Esse contrato se soma ao planejamento de outro convênio, executado há pouco tempo. Foram investidos R$ 1.835.800,00, pelo Sistema de Financiamento aos Municípios, operacionalizado pelo Paranacidade e Fomento Paraná. Esse contrato maior repaginou as principais artérias e o desse ano, mais enxuto, liquidou as veias que ainda faltavam.

“Estamos fechando o Centro com esse contrato. A pavimentação engloba drenagem, passeio com acessibilidade e CBUQ. Todo mundo gosta de melhoria”, arremata Fabiano Ratin, engenheiro civil da Prefeitura de Ipiranga e fiscal dessas obras. “É uma cara nova, com certeza, uma cara mais moderna para o nosso município”.

Segundo o secretário estadual do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas, João Carlos Ortega, obras como essas ajudam a pavimentar novas conquistas no futuro. “Mais de 80% das nossas obras são de asfalto, é um pedido recorrente dos municípios porque tem impacto de curto, médio e longo prazos. Esse acesso facilitado chama a atenção de investidores, ajuda as cidades a crescerem e a procurar projetos maiores”, arremata.

EX-BANHADÃO – Outro convênio a fundo perdido está ajudando a revitalizar a região do Fórum, da Escola Estadual Dr. Claudino dos Santos e da rodoviária, local que atrai muitas pessoas e de atendimento ao público. A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística investiu R$ 635.765,62 para refazer um “L” de 240 metros da Rua Maria da Conceição Cenovicz e da Travessa Estanislau Cenovicz.

Os recursos foram usados para retirada completa da base, das pedras poliédricas, e instalação de uma estrutura totalmente nova, capaz de suportar trânsito pesado. Essa é uma saída do município para as comunidades de Pombal, São Manuel e Faxinal da Pinguela e que, em linha reta, alcança o município de Tibagi, 77 quilômetros adiante.

“Era um banhadão isso aqui. As pedras irregulares afundavam, ficava cheio de panelas, prejudicavam os carros. Tiveram que arrancar tudo e agora fizeram uma base muito boa. Nunca mais vai incomodar”, afirma Rudi Luiz Mallmann, sócio de uma oficina em frente ao Fórum.

TEATRO – As obras em Ipiranga também envolvem o novo teatro municipal. A intervenção foi concluída em julho deste ano e contou com investimento de R$ 756.427,42, a fundo perdido, da SEDU. As obras duraram dois anos e ele só não foi inaugurado oficialmente por causa da pandemia provocada pelo novo coronavírus.

O teatro de 100 lugares está instalado em um espaço logo na entrada do município, estimado em 235 metros quadrados. O teatro é um grande retângulo verde, localizado alguns metros abaixo do pórtico de entrada e do Cristo Redentor que abraça essa terra de madeira, soja, milho e fumo, entre a Rodovia Transbrasiliana e a Rua XV de Novembro.

O projeto foi concebido pela prefeitura. São dois camarins, dois banheiros com várias cabines, uma sala de som e o palco sobre um tablado de madeira com algumas dezenas de tomadas. Ele ocupa um vácuo que o município tinha na seara cultural e até mesmo para reuniões comunitárias.

O imóvel é todo climatizado e conta com acústica específica para um teatro, com paredes reforçadas, gesso, chão em carpete e cadeiras reclináveis. Ele fica ao lado do Instituto Cultural, que também será reformado com recursos da SEDU.

“Nossa cidade era carente de um local onde as pessoas pudessem manifestar a sua cultura, sua música. A ideia surgiu dessa necessidade. E ele fica numa região bem boa, logo na entrada, chama a atenção. É algo simples, mas que vai ajudar bastante Ipiranga nos próximos anos”, completa Erickson Scharneski, que também é engenheiro civil da prefeitura. Ele foi um dos responsáveis por tirar a obra do papel.

Box

Ruas pavimentadas com convênios da Secretaria do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas​

Em andamento – R$ 965.561,33

Rua Maria da Conceição Cenovicz (entre a Rua XV de Novembro e a Alberto Blum)

Rua José Maria Taques (entre a Maria da Conceição Cenovicz e a Teixeira Duarte)

Rua Teixeira Duarte (entre a Alberto Blum e a João Denck)

Rua João Denck (entre a Teixeira Duarte e a Prefeito Antonio C. de Oliveira)

Rua Tereza de Jesus (entre a Alberto Blum e a João Denck)

Rua Elias Calixto (entre a Alberto Blum e a Manoel Antonio de Araújo)

Rua Alcides Ribeiro de Macedo (entre a Alberto Blum e a Manoel Antonio de Araújo)

Rua Manoel Antonio de Araújo (entre a Prefeito Antonio C. de Oliveira e a Alcides Ribeiro de Macedo)

Concluídas – R$ 1.835.800,00

Rua Argemiro Chaves Ferreira

Rua Prefeito Antonio C. de Oliveira

Rua 7 de Dezembro

Rua Manoel Antonio de Araújo

Rua Alberto Blum

Rua Teixeira Duarte

Rua Tereza de Jesus

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Governo investe R$ 3 milhões em teatros municipais

O Governo do Estado investe quase R$ 3 milhões em novos teatros municipais no Paraná. As obras ainda estão em andamento em Palmeira (Campos Gerais) e Assis Chateaubriand (Oeste), e a estrutura de Ipiranga já foi finalizada. Essas casas culturais foram financiadas com recursos da Secretaria do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas.

O investimento de R$ 1.065.330,98 no Teatro Municipal de Assis Chateaubriand vai auxiliar na conclusão da estrutura, iniciada em 2003 e que até hoje não ficou pronta, tal qual uma novela que foi escrita sem ponto final. Os recursos envolvem toda a parte de urbanização externa, estacionamento para 57 vagas e reparos finais na parte estrutural, das estruturas metálicas das janelas ao forro, passando pela revisão das barras antipânico das saídas de emergência.

A última medição (novembro) indica quase 64% de conclusão e entrega prevista para o primeiro semestre do ano que vem. A ideia do projeto é colocar Assis Chateaubriand definitivamente na rota cultural do Estado. Atualmente os grandes centros do Oeste estão em Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo.

A revitalização do Cine Teatro de Palmeira está orçada em R$ 1.371.773,29. A execução alcançou 34,11% em novembro. A expectativa é de entrega no primeiro semestre de 2021. O teatro ocupa uma área de 828 metros quadrados e terá 600 assentos na área comum e nos camarotes. A modernização só não envolve as paredes externas do prédio tombado pelo patrimônio histórico municipal – o restante está sendo reconstruído.

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