Estado e Banco Mundial estudam parceria para desenvolver agricultura familiar

As conversas com o Banco Mundial preveem investimento em torno de R$ 550 milhões. O próximo passo é a formalização do programa perante o Banco Mundial para início da análise. Objetivo é desenvolver projetos que levem inovação e sustentabilidade e aumentem a competitividade de agricultores familiares e população em vulnerabilidade.
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08/04/2024 - 18:40

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Uma reunião do Sistema Estadual da Agricultura (Seagri) com representantes internacionais e nacionais do Banco Mundial, realizada nesta segunda-feira (8), deu início à articulação de parceria para implementar o Programa de Desenvolvimento Socioeconômico da Agricultura Familiar do Paraná. O objetivo é desenvolver projetos que levem inovação e sustentabilidade, aumentem a competitividade e promovam a cidadania no meio rural, atendendo agricultores familiares e população em vulnerabilidade.

“Muito do que temos na agropecuária do Estado hoje já é fruto de parceria com o Banco Mundial. Agora damos continuidade aos entendimentos visando conquistar mais recursos para atender os agricultores familiares com mais assertividade”, disse o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “O Estado ainda tem municípios com Índice de Desenvolvimento Humano abaixo da média e vale a pena o esforço para ter investimento qualificado, que possibilite um salto econômico”.

As conversas com o Banco Mundial preveem investimento em torno de R$ 550 milhões. O próximo passo é a formalização do programa perante o Banco Mundial para início da análise.

Um dos componentes do programa será o aumento da competitividade da economia rural paranaense. Entre as metas está a assessoria e regularização de pelo menos 600 agroindústrias familiares, ampliação em 20% no faturamento das agroindústrias e pequenas cooperativas, assistir jovens e mulheres na implantação de 4 mil projetos e ampliação em 30% dos atuais 4 mil certificados de produtores orgânicos, setor em que o Paraná é referência nacional.

A previsão é atender também 10 mil famílias em vulnerabilidade social dando a elas condições de acessar políticas públicas. Ainda faz parte do escopo do financiamento o saneamento básico e habitação rural para 5 mil famílias, a regularização fundiária de 12 mil estabelecimentos e extensão rural e assistência social para 10 mil famílias em municípios com baixo IDH e povos e comunidades tradicionais.

O aprimoramento dos bens e dos serviços oferecidos pelo Seagri também está contemplado, com vistas a possibilitar que os benefícios cheguem mais rapidamente aos produtores rurais.

Segundo o gerente de Agricultura e Alimentos do Departamento de Desenvolvimento Sustentável do Banco Mundial para a América Latina e Caribe, Diego Arias, a atividade da instituição está focada na saúde econômica, saúde ambiental e saúde humana. “A princípio o que nos foi apresentado se alinha com o objetivo do Banco Mundial”, afirmou.

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