Dia da Criança Desaparecida: PCPR reforça orientações e destaca atuação especializada

A data internacional, no próximo domingo (25), inspira ações de orientação à população e valoriza o trabalho especializado desenvolvido. A PCPR é a única Polícia Civil do Brasil que possui uma unidade exclusiva para esses casos: o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride).
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23/05/2025 - 09:30

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Em alusão ao 25 de maio, Dia Internacional da Criança Desaparecida, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) reforça a importância da prevenção, da atuação rápida em casos de desaparecimento e da continuidade nas investigações, inclusive nos casos mais antigos. A data inspira ações de orientação à população e valoriza o trabalho especializado desenvolvido.

A PCPR é a única Polícia Civil do Brasil que possui uma unidade exclusiva para esses casos: o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride). Com sede em Curitiba, o Sicride é responsável por centralizar notificações de desaparecimentos de crianças de até 12 anos, recebendo automaticamente os boletins de ocorrência registrados em qualquer delegacia do estado. 

O serviço atua em cooperação com forças de segurança, conselhos tutelares, abrigos, escolas e demais órgãos da rede de proteção. Entre 2019 e 2024, foram registrados 888 casos de crianças desaparecidas no Estado, desde situações de maior complexidade até as mais corriqueiras. Todos esses casos já foram concluídos.

De acordo com a delegada-chefe Patrícia Paz, para registrar o desaparecimento é necessário fornecer uma foto recente da criança, informações sobre locais frequentados, redes sociais utilizadas, vestimentas no momento do desaparecimento e contatos de familiares e amigos. Essas informações são fundamentais para o início das investigações.

A PCPR destaca que as primeiras horas após o desaparecimento são essenciais para o sucesso das buscas. Por isso, orienta que o registro seja feito o mais rápido possível  em qualquer delegacia. “Dessa forma, desmistifica-se o mito de que é necessário esperar 24 horas para registrar um desaparecimento”, afirma Patrícia.

A atuação do Sicride conta com o apoio do Alerta Amber, sistema de notificação adotado pelo Paraná em maio de 2024. A ferramenta permite o envio de alertas com informações da criança desaparecida para usuários das plataformas da Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp) em um raio de até 160 quilômetros do local do desaparecimento. O sistema é utilizado em casos específicos e já contribuiu para a resolução de ocorrências no Estado.

Um exemplo da eficácia do trabalho da PCPR é o caso da menina Eloah, de 1 ano, desaparecida em Curitiba em janeiro de 2025. “A criança foi localizada em menos de 48 horas em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, após uma força-tarefa envolvendo diversas unidades da polícia e a utilização do Alerta Amber”, diz.

A PCPR garante que todos os casos de desaparecimento, inclusive os antigos, continuam sendo investigados.  O registro de boletim de ocorrência pode ser feito em qualquer delegacia do Estado. Além disso, denúncias anônimas podem ser encaminhadas pelos números 197 (PCPR) ou 181 (Disque-Denúncia). O site do Sicride também disponibiliza informações sobre crianças desaparecidas e materiais de orientação para prevenir novos casos.

CASOS ANTIGOS – Apesar de ter 100% de resolução em casos ocorridos desde 2018, o Sicride continua atento a desaparecimentos mais antigos, alguns até de décadas atrás. Nestes casos, as investigações podem ser retomadas se forem constatadas novas pistas ou denúncias, com o uso inclusive de tecnologias mais modernas, como o sistema que simula a progressão de idade da criança com base em fotos antigas e a identificação de material genético por DNA.

HISTÓRICO – O Sicride foi criado pela Resolução nº 698, de 31/07/95, da Secretaria de Estado da Segurança Pública, e regulamentado pela Portaria nº 1316/95, de 10/08/1995, do Departamento de Polícia Civil (DPC). Desde então, é responsável por centralizar o registro de ocorrência envolvendo crianças desaparecidas no Paraná, promover a apuração dos fatos e prosseguir na instrução de inquéritos policiais já instaurados.

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