Crescimento de 5,3% no turismo impulsiona alta no setor de serviços no Paraná em novembro

O crescimento de 5,3% no setor de turismo no Paraná impulsionou a alta no setor de serviços como um todo, que ficou em 1,7%, a segunda mais alta do País. O Estado destoou da realidade nacional, que teve mês instável.
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12/01/2023 - 10:50

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O crescimento de 5,3% no setor de turismo no Paraná em novembro de 2022 (comparativo com outubro) impulsionou a alta no setor de serviços como um todo, que ficou em 1,7%, a segunda mais alta do País. O Estado destoou da realidade nacional, que teve mês instável. No mesmo recorte, a variação de todos os estados no turismo ficou negativa (-0,1%) e a do setor como um todo ficou apenas estável (variação de 0%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira (12).

O resultado do setor de viagens ajudou a aumentar os indicadores dos demais comparativos do setor de serviços no Estado: em relação a novembro de 2021, a alta geral foi de 3,6%; no acumulado do ano (janeiro a novembro de 2022 versus janeiro a novembro de 2021), de 4,4%; e no conjunto dos últimos doze meses, de 4,6%. O setor de serviços engloba, além do turismo, transporte, hotelaria, academias, escolas de ensino, beleza, arquitetura, informática, técnicos especializados e telecomunicações (a lista completa está AQUI). 

Regionalmente, segundo o IBGE, apenas Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco e Amapá tiveram resultados bons em novembro, que não foi um mês economicamente satisfatório para o setor. Em 19 das 27 unidades da federação houve retrações no volume de serviços frente ao mês imediatamente anterior. O impacto negativo mais importante veio de São Paulo (-0,5%), seguido por Mato Grosso (-7,9%), Distrito Federal (-4,0%), Amazonas (-6,7%) e Minas Gerais (-1,0%).

Dessa forma, a nível nacional, o setor ficou 10,7% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, mas está 0,5% abaixo do recorde alcançado em setembro de 2022. 

PARANÁ – Setorialmente, além do turismo os indicadores positivos do mês no Paraná foram puxados por serviços prestados às famílias, como academias, hotéis e teatros (10,3%), serviços de informação e comunicação (4,8%), serviços profissionais, administrativos e complementares, como locação de automóveis, agências de publicidade e promoção de congressos (9,4%), e outros serviços, entre eles reparação e manutenção, aluguel de imóveis e atividades de apoio à agropecuária (1,5%). As variações são de novembro de 2022 com o mesmo mês de 2021.

Segundo o IBGE, o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio também exerceu contribuição positiva, impulsionado, em grande medida, pelo aumento de receita das empresas pertencentes aos ramos de transporte rodoviário de cargas; gestão de portos e terminais; rodoviário coletivo de passageiros; transporte dutoviário; ferroviário de cargas; navegação de apoio marítimo e portuário; armazenamento; e transporte aéreo de passageiros. Não há, no entanto, recorte regionalizado nessa categoria.

No acumulado do ano, o principal destaque no Paraná é em serviços prestados às famílias, com alta de 19,5% em relação a 2021. Serviços profissionais, administrativos e complementares também registraram crescimento expressivo no Paraná, de 9,9%. O resultado é impactado pela retomada de serviços que ficaram de lado durante a pandemia (2021), como parques de diversão, serviços de bufê, cabeleireiros, gestão de espaços cênicos, discotecas e danceterias, promoção de eventos esportivos, pesquisas de mercado, locação de mão-de-obra, limpeza e agências de viagem.

TURISMO – Além do crescimento mensal de 5,3% nas atividades turísticas, segundo melhor do País, atrás apenas de 7,4% do Rio Grande do Sul, o segmento cresceu 15,9% no comparativo com novembro de 2021 e 29,8% no acumulado de janeiro a novembro do ano passado. No acumulado dos últimos doze meses, o aumento foi de 29,1%. De acordo com o IBGE, o turismo ainda se encontra 2,5% abaixo do patamar de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 9,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014 (média de todos os estados).

Confira o estudo completo AQUI.

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