Um efetivo de 120 policiais militares e civis deflagrou nesta sexta-feira (30) uma operação nos bairros Parolin e Cajuru, em Curitiba, para combater a supervisão, pelo crime organizado, com o uso de câmeras, da movimentação de forças de seguraná. Foram desinstaladas 23 câmeras que apresentaram suspeitas de irregularidades e de monitoramento deste tipo, com apoio da Copel. Também foi cumprido um mandado de prisão.
"Não podemos permitir que o crime, por menor que seja, possa se organizar. Pessoas boas residem nesses locais, mas precisamos retirar os mal-intencionados que querem dominar a área e impedir que a Polícia desempenhe plenamente o seu trabalho", ressaltou o secretário de Estado da Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira.
A ação foi realizada a partir de uma infraestrutura de 25 viaturas da Polícia Militar do Paraná (PMPR) e mais cinco viaturas da Polícia Civil que foram deslocadas às comunidades, além de apoio técnico da Copel na remoção das câmeras. Os equipamentos apreendidos foram direcionados à Polícia Civil, que continuará com as investigações.
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“Quem pode monitorar as vias públicas são apenas as forças de segurança e a prefeitura. Nós não vamos deixar que esse tipo de coisa tenha um fortalecimento. Não podemos permitir que existam locais onde a polícia não entre, onde as pessoas de bem são reféns. No Parolin, tem muita gente trabalhadora que acaba ficando nas mãos de pessoas envolvidas com crimes”, afirmou o delegado Rodrigo Brown, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope).
A descoberta do sistema de monitoramento aconteceu poucos dias após moradores presenciarem um tiroteio no local. Uma das balas atingiu o prédio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), no bairro Prado Velho, e acertou uma servidora de raspão. Há um trabalho intenso para identificar todas as organizações que estão atuando no bairro Parolin.