Compagas seleciona 10 empresas para etapa decisiva da chamada pública de novos fornecedores

O objetivo é que, ao longo do segundo semestre, a Companhia Paranaense de Gás celebre novos contratos de suprimento, contemplando início de fornecimento de gás natural já a partir de 2022.
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10/06/2021 - 12:00
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A Companhia Paranaense de Gás (Compagas) selecionou 10 supridores para seguir na segunda e decisiva fase de negociação da Chamada Pública Coordenada (CP22). O objetivo é que, ao longo do segundo semestre, a Companhia celebre novos contratos de suprimento, contemplando início de fornecimento de gás natural já a partir de 2022.

Entre os potenciais supridores selecionados estão os produtores Shell e Petrobras, os comercializadores GasBridge, Trafigura, EBrasil, Compass, New Fortress e Nimofast, a Cocal, produtora de biometano, e a Tradener, produtora de gás em terra (onshore) no Paraná. As propostas recebidas pela Companhia entram no processo de negociação a partir deste mês de junho.

“Nosso objetivo é ter novas condições de fornecimento que possibilitem o desenvolvimento do mercado, com a diversificação de agentes supridores, e que melhor atendam às necessidades dos nossos consumidores, chegando a um gás com preço mais competitivo, sempre com garantia de fornecimento”, diz Rafael Lamastra Junior, diretor-presidente da Compagas.

As propostas que avançam para o processo de negociação incluem diferentes modalidades de atendimento, vinculadas à produção nacional, importação via gasoduto e via gás natural liquefeito (GNL) e também ao biometano. Nas negociações serão consideradas, além do preço, as condições operacionais e comerciais e as garantias de fornecimento ofertadas pelos supridores.

TRANSPARÊNCIA – Para dar ampla transparência ao processo conduzido para a contratação de novos supridores de gás natural para o Paraná, a Compagas apresentou ao Governo, à Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná (Agepar), a empresários e instituições ligadas à indústria paranaense, de forma prévia, a lista das empresas participantes e as principais fontes de suprimento.

As reuniões virtuais aconteceram nos dias 25 de maio e 02 de junho, sendo que esta última contou com a participação do vice-governador Darci Piana, de representantes da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e de sindicatos empresariais.

O encontro teve como objetivo mostrar o propósito da Compagas com a contratação de um gás mais competitivo para o Estado e ainda revelar os desafios que a Companhia enfrenta ao analisar as propostas que contemplam uma diversidade de suprimento, com novos indexadores de preço e com alternativas diversas de transporte.

“Temos um compromisso com a transparência e com a busca de melhores condições para o nosso mercado, em especial para a indústria paranaense. Pela primeira análise, já podemos dizer que temos propostas mais competitivas do que as condições atuais, mas buscaremos melhorar ainda mais este cenário”, revela Lamastra.

CHAMADA PÚBLICA  A Chamada Pública é uma iniciativa das distribuidoras MSGás (Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul), GasBrasiliano (Gas Brasiliano Distribuidora), Compagas, SCGÁS (Companhia de Gás de Santa Catarina) e SULGÁS (Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul).

O objetivo é oferecer mais competitividade aos mercados cativos atendidos. No total, o potencial de contratação a médio prazo supera a marca dos 6 milhões de metros cúbicos ao dia. Juntas, as cinco distribuidoras que integram a CP22 respondem por 15% do mercado de distribuição de gás no Brasil, atendendo mais de 170 mil consumidores.

Ao todo, 13 potenciais supridores participaram do processo e foram recebidas mais de 130 propostas de suprimento para análise. O resultado, superior ao primeiro processo realizado pelas concessionárias, demonstra a clara contribuição das distribuidoras em prol da abertura do mercado de gás no país, mediante a ampliação do número de potenciais agentes e fontes supridoras.

Mesmo com o bom número de propostas recebidas, as distribuidoras alertam que desafios vinculados à regulação do transporte ainda necessitam ser superados para a formação de um ambiente atrativo, viável e competitivo para todos os agentes e, consequentemente, com vantagens para os mercados consumidores.

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