Com novos servidores, Polícia Científica supera marca histórica de laudos emitidos em 2022

Resultado reflete melhorias em todas as áreas. O número de unidades de execução técnico-científica passou de 11, em 2019, para 20. Foram contratados 315 novos profissionais no período.
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02/01/2023 - 10:30
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A Polícia Científica do Paraná registrou em 2022 um recorde histórico: 143.093 laudos concluídos. A melhor marca anterior era a de 2021, quando foram emitidos 141.169 documentos. Esses laudos envolvem perícias de local de crime, balística, identificação veicular, crimes ambientais, documentoscopia, incluindo o uso de computação forense, toxicologia, genética, química, patologia, clínica médica, violência sexual, antropologia e psiquiatria.

A Polícia Científica está presente nas maiores cidades do Estado e o trabalho é fundamental para que a investigação de um crime seja concluída com celeridade. O Paraná possui atualmente 20 unidades de execução técnico-científica, aquelas que contam com Instituto de Criminalística e Instituto Médico Legal (IML), sendo duas em Curitiba.

“Praticamente triplicou a quantidade de laudos emitidos na comparação da série histórica, iniciada em 2014. Esse é um fato muito relevante para nós porque mostra os resultados dos investimentos feitos nos últimos anos em recursos humanos e equipamentos”, afirma o diretor-geral da Polícia Científica do Paraná, Luiz Rodrigo Grochocki. Segundo ele, esse resultado também engloba processos que estavam pendentes e não apenas os iniciados em 2022.

A marca é fruto do crescimento no número de técnicos na instituição. Desde 2019, a Polícia Científica recebeu 315 novos profissionais. No ano passado, 91 servidores aprovados em concurso público foram chamados, 87 deles peritos oficiais e quatro agentes auxiliares de perícia. O investimento em novas tecnologias ainda ajudou a reformular laboratórios e contribuir para a celeridade na conclusão dos processos.

LAUDOS – Em 2022, segundo balanço da instituição, foram registrados mais de 10 mil laudos em todos os meses, com pico de 15.716 documentos concluídos em outubro. 

De acordo com a série histórica, foram concluídos 50.946 laudos em 2014; 68.663 em 2015; 65.536 em 2016; 71.912 em 2017; 87.794 em 2018; 120.848 em 2019; 109.839 em 2020; 141.169 em 2021 e 143.093 em 2022. 

“É a comprovação de um trabalho constante e eficiente. Quanto mais se investe em novas tecnologias, mais vai se profissionalizando o trabalho, e sentimos o resultado no alto engajamento do nosso quadro efetivo”, diz o diretor de Operações da Polícia Científica, Ciro José Cardoso Pimenta. “Em 2019, eram 11 unidades de processamento, agora são 20. Esse aumento contribui para atender a demanda reprimida”.

Segundo ele, as alterações promovidas no Código Penal em 2019, a padronização dos exames periciais nos procedimentos e o aumento dos fluxos também exigiram mais dos profissionais e incremento da tecnologia.

Os novos procedimentos adotados desde então asseguram, por exemplo, que se registre o perfil balístico de uma arma de fogo antes de ser destruída ou a cadeia de custódia, quando se garante que um vestígio de um crime permaneça o mesmo. “Acompanhar essa padronização garante segurança jurídica. Estamos contribuindo de forma mais fidedigna para o fortalecimento da justiça”, conclui Pimenta.

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