Carnaval termina sem óbitos por afogamento e com aumento de 560% nos salvamentos no Litoral

Os salvamentos, que englobam tanto os resgates de pessoas com dificuldades dentro da água, quanto a retirada do mar de pessoas já em processo de afogamento, pularam de 15 para 99. A boa notícia é a ausência de óbitos pelo segundo ano consecutivo no período. As estatísticas consideram o período de cinco dias entre o sábado e a Quarta-Feira de Cinzas.
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15/02/2024 - 16:00

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O aumento dos visitantes e turistas nas praias do Paraná resultou na disparada dos números de atendimentos dos guarda-vidas neste Carnaval. Em relação ao ano passado, os salvamentos aumentaram 560% (de 15 para 99) e as ações preventivas, 297,70% (de 8.330 para 33.128). O número de crianças localizadas após se perderem dos responsáveis subiu 950% – de 8 para 84. As estatísticas consideram o período de cinco dias, entre o sábado (10) e a Quarta-Feira de Cinzas (14).

“Acreditamos que esse crescimento significativo de salvamentos tenha ocorrido pelo aumento do número de banhistas, em virtude das condições comparando as duas temporadas”, falou a capitã Débora Kolossoskei, responsável pela comunicação do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) no Litoral durante o Verão Maior Paraná.

O forte calor nesta temporada também é uma das explicações, mas não a única. A melhoria na infraestrutura do Litoral e a realização de shows e trios elétricos também ajudaram a ampliar o movimento nas praias paranaenses.

Os salvamentos, que englobam tanto os resgates de pessoas com dificuldades dentro da água, quanto a retirada do mar de pessoas já em processo de afogamento, pularam de 15 para 99. A maior fatia é referente aos resgates, que foram 12 em 2023 e chegaram a 92 em 2024. Ou seja, 666% de ocorrências a mais.

Os afogamentos tiveram leve elevação, passando dos 3 casos no ano passado para 7 na temporada atual – a um acréscimo de 133%. Além dos números relativamente baixos de vítimas de afogamento, a boa notícia é a ausência de óbitos pelo segundo ano consecutivo no período.

“A maioria dos afogamentos mais graves foi em área de entreposto. Dois deles, porém, cujas vítimas tiveram afogamento com parada cardiorrespiratória, ocorreram em piscinas nas residências. As equipes dos postos de guarda-vidas mais próximos se deslocaram para fazer o atendimento dessas vítimas, além da ambulância, da força-tarefa, e do helicóptero Falcão do BPMOA”, explicou a capitã.

ORIENTAÇÃO – Com as praias mais movimentadas, o trabalho preventivo dos bombeiros foi intensificado, visando diminuir as ocorrências de incidentes aquáticos. As medidas de prevenção, que envolvem a sinalização dos locais de banho e de perigo, foram de 703 (2023) para 1.032 (2024), uma alta de 46,80%.

Já o atendimento de orientação aos veranistas mais do que quadruplicou (329%), subindo de 5.489 para 23.591. Outro item que disparou foi o de advertências: ações de intervenção, sonora ou verbal, para alertar banhistas que estejam colocando a si ou a outros em risco. Houve 2.138 casos no Carnaval em 2023 e 8.505 neste ano (aumento de 297%).

O balanço das atividades no período de folia no Litoral aponta ainda um aumento na busca por pulseiras de identificação para crianças, de 200 para 868, ou seja, 334% maior. Incidentes com águas-vivas ou outros animais aquáticos não foram registrados nestes cinco dias do feriadão – em 2023 foram 153 casos.

VERÃO MAIOR PARANÁ – O Verão Maior Paraná reuniu uma série de ações voltadas aos veranistas e moradores dos municípios do Litoral, além de Porto Rico e São Pedro do Paraná, no Noroeste. Foram ofertadas atividades esportivas e de lazer que incluíram aulas de ginástica, dança, caminhadas, recreação infantil, shows, torneios e competições nacionais e internacionais, programação inclusiva e educação ambiental. Além do reforço na segurança, a agenda continua até o final de fevereiro com shows de grandes sucessos nacionais em Matinhos e Pontal do Paraná. Veja a programação no site www.verao.pr.gov.br.

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