Estabelecido como o segundo maior produtor de frutas no ranking estadual, o município de Carlópolis, no Norte Pioneiro do Estado, sediará o VI Simpósio Estadual de Fruticultura entre 16 e 18 de junho, na Ilha do Ponciano Centro de Eventos.
O VI Simpósio Estadual de Fruticultura reúne competências nacionais do segmento para abordar assuntos ligados à ampliação dos conhecimentos da área, visando dar suporte ao estabelecimento, desenvolvimento e sustentação de uma fruticultura arrojada no Norte Pioneiro. O Sistema Estadual de Agricultura (Seagri) estará presente no evento levando uma ampla programação com palestras e participações de técnicos do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).
O engenheiro agrônomo do Deral, Paulo Andrade, explicou os motivos que levam Carlópolis a sediar o evento. “Além do município também já chegar a exportar produtos, como a goiaba, em cooperativas localizadas na região, Carlópolis também está localizada em pontos estratégicos e específicos, girando as economias locais e regionais onde os pomares estão instalados”, disse. Para se inscrever e conferir a programação do evento clique AQUI.
O município produziu, em 2023, 37,7 mil toneladas de frutas, um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 162 milhões, e corresponde a 2,3% da área, 2,8% do volume e 5,6% do VBP da fruticultura do Estado. Carlópolis tem 1,2 mil hectares com variadas frutas, com destaque na goiaba, lichia, pitaya, abacate, atemoia, maracujá e manga. E, no ranking estadual, perde apenas para o município de Paranavaí, no Noroeste, que tem sua produção concentrada na laranja.
No âmbito estadual, a fruticultura rendeu um VBP de R$ 2,9 bilhões, com uma produção de 1,4 milhão de toneladas em uma área de 54,3 mil hectares.
Esse é um dos assuntos apresentados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 5 a 11 de junho, preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Ele também aborda questões da produção de proteína animal, leite e milho.
MILHO VERDE – Essencial entre junho e julho, o milho verde é um dos protagonistas nos arraiás do Brasil. No Paraná, a cultura é cultivada em 347 dos 399 municípios do Estado, que geraram um VBP de R$ 163 milhões em 2023. O destaque da produção é nos municípios da Região Metropolitana de Curitiba, que responde por mais de 16% do VBP da cultura em todo o Estado.
FRANGOS – O boletim traz dados da Pesquisa Trimestral de Abates de Animais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mostram que no primeiro trimestre do ano o Paraná participou com 35,5% no volume de carne produzida (1,232 milhão de toneladas), um aumento de 3,3% em relação a 2024 (1,193 milhão de toneladas).
O documento traz informações em âmbito nacional que também registrou aumentos nos três primeiros meses do ano de 2,3% em abates e 2,5% em produção de carne de frango, quando comparado ao mesmo período do ano passado.
SUÍNOS – Também com base na Pesquisa Trimestral de Abates de animais do IBGE, o Deral mostra que em 2025 o Paraná registrou o melhor primeiro trimestre da história em produção e exportação de carne suína desde o início das séries históricas em 1997. Nesse período, o Estado produziu 298,7 mil toneladas de carne suína, um acréscimo de 2,4% (ou 6,97 mil toneladas) quando comparado com o mesmo período de 2024. Deste total, 50,39 mil toneladas ou 16,9% foram destinadas à exportação, um aumento de 52,8% (17,4 mil toneladas).
LEITE – Segundo a Pesquisa Trimestral do Leite, do IBGE, nos três primeiros meses do ano o volume de leite produzido e industrializado no Paraná cresceu cerca de 10%, saindo de 907 milhões de litros em 2024 para 1 bilhão de litros no mesmo período em 2025. Em relação ao preço, ele se manteve estável na média de maio recebida pelo produtor, sendo comercializado por R$ 2,86 o litro.
TRIGO – Em maio, os preços recebidos pela saca de trigo registraram um aumento de 15% em relação ao ano anterior, passando de R$ 68,83 em 2024 para R$ 79,69 em 2025. Um dos motivos que contribuiu para este cenário é o aumento nos custos com fertilizantes, que apresentaram um aumento de cerca de 22%.
No Paraná, 78% da área destinada à cultura já foi semeada e apresenta boas condições. Entretanto, os 850 mil hectares estimados nesta safra são 25% inferior à colhida em 2024 (1,13 milhão de hectares).