Autismo e inclusão: Núcleo de Educação de Umuarama capacita 600 professores

O encontro reuniu representantes de 68 escolas dos 19 municípios atendidos pelo NRE. Objetivo é fortalecer a inclusão escolar de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Também participaram professores de APAEs, psicopedagoga, neuropsicóloga e especialistas no tema.
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16/05/2025 - 12:00
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Mais de 600 profissionais da educação participaram da "Capacitação sobre autismo e manejo de comportamentos em sala de aula", promovida pelo Núcleo Regional de Educação (NRE) de Umuarama. O evento, que contou com representantes de 68 escolas dos 19 municípios atendidos pelo NRE, teve como objetivo fortalecer a inclusão escolar de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), unindo teoria, prática e o compromisso de transformar a realidade dentro das salas de aula. O encontro aconteceu nesta semana.

Também participaram professores de Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs) e de escolas especializadas, além de representantes de outros Núcleos e da Secretaria Estadual de Educação (SEED-PR). A formação buscou preparar os profissionais da área para lidar com os desafios do TEA em sala de aula, garantindo uma educação inclusiva, acolhedora e eficaz.

“A educação inclusiva não é apenas uma diretriz legal, mas um dever humano”, destacou a chefe do NRE de Umuarama, Gilmara Zanatta. “Nosso objetivo é garantir que nenhum aluno fique para trás, e isso começa pela capacitação dos nossos educadores. Quando o professor está preparado, a escola se transforma em um espaço verdadeiramente acolhedor.”

A programação do evento contou com palestras de especialistas do Grupo Evolução e Neurodiversidade (GEN), de Umuarama, que compartilharam conhecimentos técnicos e vivências práticas no diagnóstico de autismo, avaliação neuropsicológica, psicopedagogia e tratamentos do transtorno.

A médica pediatra Leslye Sartori Iria, que também é mãe de criança autista, ressaltou a importância do acompanhamento escolar da criança com TEA: “Mais do que entender o transtorno, é preciso sentir a realidade dessas famílias e olhar para cada criança com singularidade e respeito”, disse.

“Eventos como esse, de capacitação de profissionais, são um passo importante em direção à inclusão do aluno autista”, avaliou o secretário estadual da Educação, Roni Miranda. “O Governo do Paraná não apenas oferece recursos para a escola, como Salas de Recursos Multifuncionais e Planos de Atendimento Especializado, mas também apoia essas iniciativas regionais”.

ATENÇÃO AO ALUNO – Além das palestras, os professores também participaram de atividades práticas voltadas ao manejo de comportamentos em sala de aula, ao uso de recursos pedagógicos inclusivos e à elaboração do Plano Educacional Individualizado (PEI).

Elaborado pelo professor após avaliação do aluno com necessidades educacionais específicas, o PEI é uma ferramenta de planejamento, apoio e acompanhamento pedagógico. “O PEI não é um documento burocrático, é uma ferramenta viva. Ele traduz as necessidades do aluno e orienta os profissionais sobre como alcançá-las com mais eficácia”, explicou a psicopedagoga Fernanda Rubias, do Grupo Evolução e Neurodiversidade.

Para a neuropsicóloga Thais Serafim, também do GEN, é de suma importância conhecer o perfil cognitivo dos alunos. “A avaliação é o ponto de partida para qualquer intervenção eficaz. Conhecer o aluno é a base para construir um plano pedagógico que funcione”, disse.

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