Após um ano de obra, Trevo Cataratas chega a 40% de execução em Cascavel

Considerado um dos principais gargalos rodoviários do país, obra vai dar fluidez ao cruzamento de quatro importantes vias da região. Investimento é de R$ 82 milhões, e a previsão de entrega é novembro de 2022. O trevo conecta a BR-369, BR-277, PRC-467 e a Avenida Brasil, principal via de acesso a Cascavel.
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17/11/2021 - 09:00

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A modernização de um dos principais entroncamentos rodoviários do Paraná, o Trevo Cataratas, localizado em Cascavel, no Oeste do Estado, já ultrapassou os 40% de execução. O marco se dá um ano após o início da obra, que começou no fim de outubro de 2020. O investimento é de R$ 82 milhões, e a previsão de entrega é novembro de 2022.

Considerado um dos principais gargalos rodoviários do país, o trevo conecta quatro vias: a BR-369, que leva a Maringá; a BR-277, que liga Guarapuava e Foz do Iguaçu; a PRC-467, em direção a Toledo; e a Avenida Brasil, principal via de acesso a Cascavel. Com isso, o fluxo do trevo é estimado em 45 mil veículos por dia.

A readequação do complexo rodoviário permitirá que estas rodovias que convergem não sofram interferências entre si, tornando o trecho fluido e sem a necessidade de semáforos, o que tornava o trânsito mais complexo.

Para facilitar o fluxo, o projeto executivo redesenhou o entroncamento com novas alças, ramos e vias que totalizam nove quilômetros de extensão. A obra também contempla dois quilômetros de bueiros para soluções de drenagem e uma caixa de retenção de produtos perigosos para proteger o escoamento de águas, em caso de acidente.

“Estamos tirando do papel uma obra esperada há mais de trinta anos, que vai facilitar a logística em um dos principais gargalos de todo o Paraná. Com essa obra, vamos dar mais agilidade ao escoamento da produção agrícola da região e diminuir o trânsito dos motoristas que atravessam a região em direção a outros municípios do Estado. É mais segurança e comodidade para todos os usuários”, afirma o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.

ETAPAS - A execução da obra está dividida em três etapas. As duas primeiras, já concluídas, consistiram na realização dos desvios, criando um circuito de cerca de quatro quilômetros em torno do canteiro central. Atualmente, o fluxo de veículos flui por este percurso.

A terceira fase é de execução da obra em si, e foi iniciada em agosto de 2021. Ela engloba obras de arte previstas, incluindo dois viadutos de 900 metros que criam interseções em desnível e elevam a BR-277 no sentido Foz do Iguaçu. A área central da obra receberá, ao todo, cinco quilômetros de novas vias.

Atualmente, os trabalhos estão no estágio de execução de muros de contenção, obras de arte especiais, drenagem, movimentações de terra do canteiro central e contenção de solo. O projeto conta com 5,4 mil metros quadrados de contenção, utilizando 850 toneladas de aço e 7 mil metros cúbicos de concreto.

ACESSIBILIDADE - A acessibilidade e a inclusão de outros modais de transporte também estão previstos no projeto. São 1,3 quilômetro de ciclovias e mais 1,7 quilômetro de calçadas com rampas de acesso e piso tátil. Além disso, oito faixas de pedestres e uma passarela estarão posicionadas no complexo para garantir uma travessia segura aos passantes. Para atender a todas as normas de sinalização e segurança viária, o projeto conta com 2,6 mil metros de barreira de concreto, 1,2 mil metros de defensas metálicas e 230 postes de iluminação.

RECURSOS - O investimento para o Trevo Cataratas integra um pacote de recursos de R$ 400 milhões, oriundos de um acordo de leniência firmado pela Ecorodovias com o Ministério Público Federal (MPF). O acordo prevê R$ 130 milhões para a execução de obras na BR-277 entre Cascavel e Guarapuava, com a criação de cerca de 13 terceiras faixas que somam 14,1 quilômetros em Guaraniaçu, Laranjeiras do Sul e Guarapuava, o novo viaduto da entrada de Cascavel, e R$ 20 milhões em intervenções da Ecovia, no trecho entre a Região Metropolitana de Curitiba e o Litoral. Outros R$ 220 milhões foram abatidos com a redução de tarifas e R$ 30 milhões que serão pagos em multas.

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