Universidade Estadual de Londrina retoma projeto de exercícios com idosas, o mais completo estudo dessa área no mundo
06/04/2022
Depois de um intervalo de dois anos, em virtude da pandemia, um grupo de 80 mulheres de Londrina retornou em março às atividades do Estudo Longitudinal Envelhecimento Ativo que analisa o impacto do treinamento de força muscular sobre a saúde de mulheres na pós-menopausa. O estudo é desenvolvido por pesquisadores do Grupo de Estudo e Pesquisa em Metabolismo, Nutrição e Exercício, no Centro de Educação Física e Esporte, da UEL, a Universidade Estadual de Londrina. O projeto, iniciado em 2012, completa 10 anos oferecendo a prática de treinamento padronizado e supervisionado a mulheres da terceira idade, considerado o maior estudo mundial na área de treinamento de força em mulheres com mais de 60 anos. Em apenas uma década os pesquisadores produziram aproximadamente 100 artigos científicos publicados em revistas nacionais e internacionais, além de quase 30 trabalhos acadêmicos, teses de doutorado e dissertações de mestrado. Estes números conferem ao projeto o status de ser o detentor de aproximadamente 7% da produção acadêmica e científica nesta área de investigação. O coordenador do projeto, professor Edilson Cyrino, do Departamento de Educação Física, afirmou que o treinamento de força, em particular a musculação, pode ser uma ótima estratégia para combater muitos dos efeitos prejudiciais associados ao envelhecimento, porque previne e controla diversas doenças crônico-degenerativas como hipertensão, diabetes, cardiopatias, obesidade, alterações nos níveis de colesterol e de triglicérides, artrose, osteoporose, entre tantas outras. Além disso, a prática regular do exercício fortalece os músculos, melhora o equilíbrio estático e dinâmico, reduzindo o número de quedas e fraturas. Também auxilia na melhora da qualidade do sono e controle da ansiedade e depressão. Dados publicados recentemente pelo Grupo de Estudo demonstram, ainda, que a prática regular da musculação em mulheres idosas está relacionada com a melhoria das funções cognitiva e executiva. Para participar do projeto as mulheres passam por uma análise clínica e por uma bateria de exames que incluem avaliação com cardiologista. (Repórter: Flávio Rehme)