Secretaria da Saúde faz bloqueio vacinal contra raiva em Pérola, no Noroeste do Estado

11/09/2020
Depois da confirmação da morte de um cachorro por raiva silvestre no município de Pérola, no Noroeste do Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde enviou emergencialmente para a 12ª Regional de Umuarama doses da vacina antirrábica canina. O objetivo é garantir o bloqueio vacinal na área em que ocorreu o foco da doença, que é transmitida por morcego. Esta ação é feita com o direcionamento e supervisão da coordenação do Programa Estadual de Controle da Raiva, em conjunto com as Regionais de Saúde e os municípios. Quando ocorre a confirmação diagnóstica da raiva em cães e gatos, esse bloqueio vacinal deve ocorrer em um tempo oportuno de até 72 horas para evitar a possível transmissão do vírus para outros animais. O Paraná está há 15 anos sem registro de casos da raiva canina. Diante a situação epidemiológica do Estado, as normas internacionais não indicam campanha de vacinação contra raiva, mas sim o bloqueio vacinal na área afetada o mais rápido possível, conforme destacou o secretário da Saúde, Beto Preto. Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Raiva, Tatiane Dombroski, além de definir o raio da localidade que teve o animal positivado com a doença e fazer o bloqueio vacinal, o trabalho da vigilância também é de orientação para a população.// SONORA TATIANE DOMBROSKI.//

A raiva é uma doença infecciosa causada por um vírus que afeta o sistema nervoso. A transmissão da raiva ocorre através da saliva de um mamífero infectado, sobretudo através da mordedura de animais. A maioria dos acidentes antirrábicos acontece pela mordedura de cães, gatos ou contato com morcegos. Tatiana explicou que, nesses casos, é necessário uma ida imediata a uma unidade de saúde.// SONORA TATIANE DOMBROSKI.//

Ainda segundo ela, o Paraná tem estoques suficientes de soros e vacinas para o tratamento quando necessário. Se o tratamento for realizado em tempo hábil e seguindo o protocolo de atendimento, é possível que a pessoa que teve contato com o vírus não desenvolva a doença. Em média ocorrem cerca de 45 mil notificações anuais de atendimento antirrábico no Paraná. De 2017 a 2020, foram feitos 149 mil 983 atendimentos, dos quais 89% em decorrência de agressões por cães, 8% por gatos, 3% por outros animais como macacos, quati, boi, cavalo e porco, e 1% por morcegos. A maioria destes atendimentos aconteceu na 2° Regional de Saúde, de Curitiba e Região Metropolitana, com o total de 31%. Somente neste ano, já foram registrados mais de 17 mil atendimentos em todo o Paraná. Outros detalhes podem ser conferidos em saude.pr.gov.br. (Repórter: Wyllian Soppa)