Secretaria Estadual da Saúde vai reativar produção de soro contra picadas de cobras

30/07/2020
As 153 cobras recolhidas em Mandaguari, na região de Maringá, foram enviadas nesta quarta-feira, por meio da Divisão de Zoonoses e Intoxicações, à Secretaria de Estado da Saúde. Agora será aberto o biotério do Laboratório de Taxonomia Animal e reativado o serpentário do Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos do Paraná. As duas instituições fazem parte da Secretaria. O biotério do Laboratório de Taxonomia já está fazendo a identificação das cobras e vai iniciar a destinação adequada para instituições parceiras de pesquisas. Entre elas, o Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos do Paraná, que é referência nacional na produção do soro contra a picada de aranha-marrom e que poderá também desenvolver antígenos contra a picada de serpentes. De acordo com o chefe da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações, Emanuel Marques da Silva, a abertura do biotério, com todas as condições adequadas para receber animais peçonhentos, é um grande passo para o serviço de saúde que visa a preservação de espécies e a proteção da população.// SONORA EMANUEL MARQUES DA SILVA.//
Segundo o coordenador de pesquisas do Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos do Paraná, Bruno Antunes, a reativação do serpentário representa também a ampliação de projetos de educação ambiental e educação em saúde pública, além da produção de medicamentos mais eficientes para tratamento de acidentados por animais peçonhentos.// SONORA BRUNO ANTUNES.//
As serpentes foram apreendidas pelo Instituto Água e Terra, em conjunto com a Secretaria da Saúde e Polícia Ambiental. As cobras são jararacas, que representam 70% dos acidentes ofídicos notificados no Estado, e cascaveis, que representam 11% desses acidentes. O Laboratório de Taxonomia de Animais recebe e identifica milhares de exemplares por ano, provenientes de todo o Estado. Nos primeiros seis meses do ano, cerca de 5.660 animais deram entrada, desse total 399 foram serpentes. Agora, com a abertura do biotério, os exemplares capturados vivos serão mantidos em condições adequadas, até que sejam destinados para organizações de pesquisas. (Repórter: Amanda Laynes)