Seca moderada avançou em maio no Noroeste e Sudoeste do Paraná, aponta monitor

18/06/2025
A Agência Nacional de Águas divulgou esta semana o relatório sobre a seca no mês de maio. No Paraná, choveu menos que o normal em todo o estado, e isso fez com que a seca moderada avançasse nas regiões Oeste e Noroeste. Também apareceu no mapa um registro de seca fraca na área que faz divisa com Santa Catarina. De acordo com o Simepar, o sistema que monitora o clima no Paraná, a seca tinha passado de fraca para moderada no Noroeste e Oeste em dezembro, e desde então vem ficando mais intensa. É o que explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar. // SONORA REINALDO KNEIB //

Na região Norte do estado, os problemas causados pela falta de chuva são de curto e longo prazo. Isso significa que há consequências tanto para a agricultura quanto para o abastecimento de água. No resto do Paraná, os impactos são considerados de curto prazo, afetando principalmente a agricultura. No final de maio, o governador Carlos Massa Ratinho Junior decretou situação de emergência em todo o Paraná por causa da seca. Essa medida mobiliza todos os órgãos do estado, coordenados pela Defesa Civil, para atuarem nas ações de resposta e recuperação das áreas afetadas. O decreto tem caráter preventivo e permite maior agilidade para enfrentar o problema. Com ele, o governo pode contratar serviços e obras emergenciais sem licitação, desde que sejam concluídos em até 180 dias. Já no cenário nacional, o relatório mostra um quadro mais grave em boa parte do Nordeste e numa área entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A seca grave que havia sido registrada no Oeste do Rio Grande do Sul e na Amazônia em abril melhorou para uma situação moderada. Não há casos de seca extrema ou excepcional no mapa de maio. Vale lembrar que o Monitor de Secas começou em 2014, focado no semiárido, que desde 2012 sofria com a seca mais grave dos últimos 100 anos. Desde 2017, a Agência Nacional de Águas coordena o projeto. O Simepar faz todo mês a análise das regiões Sul e Sudeste, usando dados como quantidade de chuva, temperatura do ar, índice de vegetação, níveis dos reservatórios e dados sobre a evaporação da água. A cada três meses, o Simepar ainda coordena a elaboração do mapa completo do país. (Repórter: Gabriel Ramos)