Seca aumenta no Sudoeste e extremo Oeste, aponta monitor com participação do Simepar

16/05/2025
O Monitor de Secas de abril, divulgado nesta sexta-feira pela Agência Nacional de Águas, mostra aumento da seca moderada na região Sudoeste e no extremo Oeste do Paraná. O levantamento é feito com apoio do Simepar e vem registrando o avanço da seca em algumas áreas desde dezembro, quando a metade Sul do Estado ainda não apresentava esse quadro. As cidades mais afetadas ficam nas regiões de Pato Branco, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão, devido à falta de chuvas em níveis adequados, como explica o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib. // SONORA REINALDO KNEIB //

Os impactos da seca no Paraná são, em geral, de curto prazo, com efeitos mais fortes na agricultura. No entanto, no Norte e Oeste do Estado, também há risco de impactos de longo prazo, afetando o abastecimento de água. Em nível nacional, o Monitor de Secas aponta situação mais grave no Noroeste do Rio Grande do Sul, na divisa com Santa Catarina, na Bahia, no Maranhão e em parte do Amazonas. Nesta última região, houve recuo da seca com o aumento das chuvas. O mapa de abril não mostra casos de seca extrema ou excepcional no país. Criado em 2014, o Monitor começou com foco no semiárido, atingido por uma das piores secas em 100 anos. Desde 2017, a Agência Nacional de Águas coordena a elaboração dos mapas com apoio de instituições como o Simepar, responsável pela análise mensal da situação nas regiões Sul e Sudeste. O Simepar utiliza dados como chuvas, temperatura, vegetação, níveis dos reservatórios e evapotranspiração. A cada três meses, também coordena a produção do mapa nacional. (Repórter: Gabriel Ramos)