Saúde orienta municípios para busca ativa por não vacinados contra a febre amarela
03/11/2022
A Sesa, Secretaria estadual da Saúde alerta sobre a circulação do vírus da febre amarela e reforça a necessidade de vacinação nos municípios. A orientação é que todas as cidades realizem busca ativa da população não vacinada, de nove meses a 59 anos de idade. A Secretaria acendeu o alerta após a confirmação da primeira morte de macaco por febre amarela neste novo ciclo de monitoramento da doença, registrada em setembro deste ano. O caso foi confirmado no município de Fernandes Pinheiro, na Região Centro-Sul do Estado. O secretário da Saúde, Beto Preto, destaca que o apoio dos municípios é fundamental para reforçar a busca ativa e aumentar o número de vacinados contra a febre amarela, evitando que esse vírus também seja identificado em humanos. Segundo o último informe epidemiológico, divulgado nesta quinta-feira, além deste caso confirmado de morte de macaco, também houve até agora mais 19 notificações em primatas, sendo que 14 já foram descartadas, três foram consideradas indeterminadas e uma está sob investigação. Já em humanos, foram 11 notificações, sete descartadas e quatro seguem em investigação. A última vez que o Paraná registrou casos de febre amarela em humanos adquirido dentro do Estado, foi em abril de 2019, no município de Quatro Barras. A vacina contra a febre amarela está disponível em todos os municípios do Estado, e, de acordo com o Programa Nacional de Imunizações, deve ser aplicada uma dose aos nove meses de idade e reforço aos quatro anos, 11 meses e 29 dias. Para crianças a partir de cinco anos de vida que não tenham se vacinado anteriormente, o indicado é a administração de dose única. Atualmente, a cobertura da vacinação contra a doença está em 60%, quando a meta é 95%. Estima-se que 263 mil paranaenses precisem ser imunizados no Estado. A Sesa também alerta que a febre amarela é transmitida por mosquitos presentes em áreas silvestres e os macacos também são acometidos pela doença da mesma forma que as pessoas. Os macacos sinalizam a circulação do vírus e o estudo dirigido sobre a vigilância das mortes dos macacos permite com que sejam traçadas as rotas de dispersão do vírus pelo Estado. Por este motivo é importante que a população esteja ciente de que os macacos também podem adoecer e que eles não transmitem a doença. A Sesa orienta que a população comunique a Vigilância em Saúde de seu município caso encontre um macaco doente ou morto e não machuquem estes animais. Confira o informe completo em www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Alexandre Nassa)