Saúde confirma dois casos autóctones de febre Oropouche no Paraná

06/05/2025
A Secretaria de Estado da Saúde confirmou nesta terça-feira dois casos autóctones de febre Oropouche no município de Adrianópolis, pertencente à 2ª Regional de Saúde, a Metropolitana. A confirmação foi feita pelo Laboratório Central do Paraná, por meio do teste RT-PCR para arbovírus. Os pacientes, uma mulher de 29 anos e um adolescente de 14, ambos sem comorbidades, estão bem e seguem em acompanhamento médico. Casos autóctones são aqueles em que a infecção ocorre no município onde a pessoa vive. A febre Oropouche é transmitida principalmente pelo inseto conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Após picar uma pessoa ou animal infectado, o vetor pode transmitir o víru. Os sintomas da febre Oropouche são semelhantes aos de outras arboviroses, como dengue e chikungunya. Entre os principais estão: febre de início súbito, dor de cabeça, muscular, articular e retro-ocular, além de tontura, náuseas, vômitos, calafrios e sensibilidade à luz. Em casos mais raros, especialmente em pessoas imunocomprometidas, podem ocorrer complicações como meningite, além de manifestações hemorrágicas leves. Alguns pacientes podem apresentar recaída dos sintomas entre uma e duas semanas após a melhora inicial. Os sinais normalmente duram de dois a sete dias, com evolução geralmente benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves. Atualmente, não há tratamento específico nem vacina para a doença. O cuidado é feito com repouso e acompanhamento médico. A prevenção é a principal forma de proteção. A Saúde alerta que gestantes devem adotar cuidados adicionais, especialmente em áreas com registros da doença. Entre as recomendações estão a limpeza regular de quintais e terrenos que acumulem folhas, cascas de frutas ou outros materiais orgânicos, para evitar a proliferação dos vetores. Além disso, é importante usar telas em portas e janelas, impedindo a entrada de mosquitos. O uso de roupas compridas, que cubram braços e pernas, é uma medida simples, porém eficaz, especialmente em regiões com casos confirmados de febre Oropouche. Outra estratégia importante é o uso de mosquiteiros de malha fina, principalmente durante o repouso, para garantir maior proteção contra os insetos. (Repórter: Gustavo Vaz)