Saem telas, entram tabuleiros: restrição a celulares nas escolas revela novos interesses
06/05/2025
Desde o começo do ano letivo, a rede estadual do Paraná passou a restringir o uso de celulares nas escolas. Três meses depois, os intervalos têm sido tomados por jogos de tabuleiro, cartas e outras atividades criativas que estão ganhando espaço entre os alunos. No Colégio Estadual José de Anchieta, em Londrina, foi criado um clube de jogos analógicos e uma disciplina eletiva chamada "Aprender Jogando", voltada aos estudantes do Ensino Médio. A biblioteca virou o ponto de encontro da iniciativa, com planos de montar uma ludoteca e levar os jogos também para dentro da sala de aula. Os alunos mais novos têm se interessado por jogos de dedução social, como os de identidade secreta. Já entre os mais velhos, ganham destaque os jogos que exigem estratégia, lógica e colaboração — especialmente os chamados jogos cooperativos, em que o desafio é vencer o próprio tabuleiro. Alunos da 1ª série do Ensino Médio e do 6º ano do Fundamental criaram no fim de abril o Clube de Protagonismo de Jogos Analógicos. A ideia é oferecer entretenimento no horário do almoço, além de promover a aprendizagem e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais. A integração entre as turmas do Ensino Médio e do 6º ano já começou a acontecer, especialmente porque fazem parte da Educação em Tempo Integral. O projeto aceita todos os tipos de jogos, mas o foco está nos jogos analógicos contemporâneos, que vêm ganhando espaço e estimulam habilidades diversas. Pedro Demarque Vendrame, de 14 anos, presidente do Clube de Jogos Analógicos, conta que cada vez mais alunos se interessam pelo projeto. // SONORA PEDRO DEMARQUE //
Mariah Inês Lelis, de 15 anos, conheceu o clube durante o intervalo do almoço e logo se envolveu com os jogos. Ela explica por que gostou da proposta // SONORA MARIAH LELIS //
O curso eletivo criado no colégio também já começou. Nas primeiras aulas, os alunos leram reportagens sobre os benefícios dos jogos analógicos e passaram a conhecer diferentes tipos de mecânicas. Eles fazem anotações sobre as partidas e refletem sobre o que os jogos despertam no aprendizado e no convívio com os colegas. Nos próximos encontros, os estudantes vão começar a criar os próprios jogos. A proposta é que incluam conteúdos de disciplinas como Matemática, Português e História, além de habilidades cobradas em avaliações nacionais como o Enem e o Saeb. Por enquanto, o projeto é voltado aos alunos da Educação em Tempo Integral, mas a escola pretende levar essa experiência também aos mais de 300 estudantes do Ensino Regular. (Repórter: Gabriel Ramos)
Mariah Inês Lelis, de 15 anos, conheceu o clube durante o intervalo do almoço e logo se envolveu com os jogos. Ela explica por que gostou da proposta // SONORA MARIAH LELIS //
O curso eletivo criado no colégio também já começou. Nas primeiras aulas, os alunos leram reportagens sobre os benefícios dos jogos analógicos e passaram a conhecer diferentes tipos de mecânicas. Eles fazem anotações sobre as partidas e refletem sobre o que os jogos despertam no aprendizado e no convívio com os colegas. Nos próximos encontros, os estudantes vão começar a criar os próprios jogos. A proposta é que incluam conteúdos de disciplinas como Matemática, Português e História, além de habilidades cobradas em avaliações nacionais como o Enem e o Saeb. Por enquanto, o projeto é voltado aos alunos da Educação em Tempo Integral, mas a escola pretende levar essa experiência também aos mais de 300 estudantes do Ensino Regular. (Repórter: Gabriel Ramos)