R$ 995 milhões: Paraná tem recorde de recuperação da Dívida Ativa em 2024

05/05/2025
O Paraná bateu o recorde histórico na recuperação de Dívida Ativa no ano passado, com mais de 995 milhões de reais retornando aos cofres públicos, um aumento de 183 milhões em relação a 2023, e supera até mesmo 2022, quando 900 milhões foram recuperados em um cenário atípico de grandes renegociações motivadas pela pandemia. Os dados são do relatório do Eixo Dívida Ativa, do CIG, Centro Integrado de Gestão e Governança. Segundo a Receita Estadual, o estoque da Dívida Ativa paranaense ultrapassava 54 bilhões e 800 milhões de reais em dezembro de 2024. Esse montante inclui os débitos inscritos pendentes e os valores das dívidas em parcelamento. O aumento da recuperação também é reflexo de um desempenho expressivo nos pagamentos. Em 2024, o valor pago à vista somou 346 milhões de reais, um salto de 41% em relação a 2023. No pagamento de parcelamentos, o crescimento foi de 14%, com 648 milhões recebidos ao longo do ano. Além da recuperação recorde, o estoque da Dívida Ativa paranaense, ou seja, o total que ainda se deve ao Estado, também apresenta sinais de controle. Em dezembro de 2024, houve um crescimento nominal de 4,86% em relação a 2023. No entanto, como a inflação no mesmo período foi de 5,41%, isso representa uma redução real de 0,53%. A Dívida Ativa do Paraná continua sendo predominantemente tributária, com destaque absoluto para o ICMS. Porém, houve um aumento expressivo das dívidas ligadas a questões ambientais. De dezembro de 2023 a dezembro de 2024, por exemplo, os débitos relacionados ao IAT cresceram quase 32%, reflexo de uma atuação mais efetiva na fiscalização e no monitoramento ambiental. Para Thiago de Angelis, da Diretoria de Articulação Estratégica e Acompanhamento Fiscal e coordenador do Eixo Dívida Ativa no CIG, esse cenário aponta para um fortalecimento das ações de cobrança em diferentes frentes, ampliando o potencial de recuperação de valores para o Estado. // SONORA THIAGO DE ANGELIS //

A estratégia adotada pelo Governo do Estado tem como foco fortalecer a capacidade de investimento sem recorrer a cortes em serviços essenciais ou a aumento de impostos. A lógica é cobrar de quem deve, sem penalizar o contribuinte que está em dia com as obrigações. (Repórter: Gustavo Vaz)