Projetos da UEL voltados ao SUS são aprovados em edital da Fundação Araucária

07/05/2021
A UEL, Universidade Estadual de Londrina teve dois projetos selecionados na chamada pública do Programa de Pesquisa para o SUS Gestão Compartilhada em Saúde, da Fundação Araucária. Propostos pelo Centro de Educação Física e Esporte. Os projetos Tratamento de Pessoas com Doenças Crônicas Não Transmissíveis, do professor Matias Roberto Loch, e Prótese Mamária em Mulheres Mastectomizadas, do professor Felipe Arruda Moura, começarão em fase de implantação nos próximos meses.
O edital da Fundação Araucária representa investimento total de 5 milhões de reais, financiando 40 projetos científicos nas Instituições de Ensino Superior paranaenses. O programa é uma parceria do Ministério da Saúde com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e Secretaria da Saúde do Paraná. Ao todo, cinco projetos aprovados estão na UEL.
O intuito da chamada foi contemplar novas linhas de pesquisas dentro dos eixos temáticos, seguindo orientação do Governo do Estado. O foco é na promoção de ações no enfrentamento da pandemia do coronavírus.
De acordo com o professor Matias Roberto Loch, coordenador-geral da pesquisa e professor na Pós-Graduação em Saúde Coletiva, no Centro de Ciências da Saúde, o projeto Tratamento de Pessoas com Doenças Crônicas Não Transmissíveis vai verificar o acesso ao atendimento e a adesão aos tratamentos a essas doenças em 32 municípios paranaenses de até 20 mil habitantes. //SONORA MATHIAS ROBERTO LOCH//
Além de Loch, a equipe conta com a professora Lucélia Borges, da UFPR, e Silvano Coutinho, da Unicentro. Há 20 envolvidos no total, entre estudantes de graduação, mestrado e doutorado. Cinco bolsas foram captadas e serão divididas entre os programas.
O projeto Prótese Mamária em Mulheres Mastectomizadas, coordenado pelo professor Felipe Arruda Moura, reúne pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo e do Serviço de Prótese Facial Reconstrutiva do Hospital de Reabilitação do Complexo Hospitalar Trabalhador de Curitiba. Também compõe a equipe um professor da Universidade Federal de Goiás.
Segundo Felipe Moura, do Departamento de Ciência do Esporte, o vínculo com o SUS no projeto se deu pelo trabalho da professora Roberta Zanicotti, que atua no Hospital do Trabalhador. Ela desenvolve um trabalho de próteses de nariz e orelhas para acidentados.
O projeto foi criado a partir da pesquisa de doutorado em Educação Física, pela UEL, da estudante Juliane Cristina Leme. Ela, que recebe bolsa da Fundação Araucária para o projeto, já havia estudado próteses mamárias para corredoras em sua dissertação de mestrado. O objetivo é desenvolver uma prótese em silicone, totalmente personalizada, para mulheres que queiram acessar o SUS e conseguir uma prótese de baixo custo.
A produção será feita com o uso de uma impressora 3D. O escaneamento do corpo das mulheres oferece as medidas exatas para que a nova prótese se assemelhe à mama.
A equipe planeja levar a nível nacional a discussão sobre próteses baratas e personalizáveis. Com isso, deseja implantar, ao menos nos hospitais de referência, uma sala para procedimentos com essas próteses.
O projeto captou 97 mil reais da Fundação Araucária e conta com sete membros.
A lista completa com os projetos selecionados pelo edital, pode ser conferido em www.fappr.pr.gov.br . (Repórter: Flávio Rehme)