Produtores de feijão do Paraná estimam colher 242 mil toneladas na primeira safra
10/11/2022
O Paraná deverá colher 242 mil toneladas de feijão na primeira safra 2022/23, ainda que o plantio esteja atrasado em relação a anos anteriores, em razão do excesso de chuvas entre setembro e outubro. A análise está no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 4 a 10 de novembro. O documento é publicado pelo Deral, Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. A área destinada ao feijão de primeira safra - que não é a principal dessa cultura no Estado do Paraná - tem reduzido nos últimos anos, cedendo espaço principalmente à soja e milho, como explica o economista Methodio Groxko.//SONORA METHODIO GROXKO//
De acordo com as informações colhidas pelos técnicos do Deral, as condições climáticas desfavoráveis fizeram com que, até agora, o plantio se estenda por 87% da área. Em anos anteriores, neste período, o volume era de 95% a 100%. As áreas mais extensas que ainda devem receber as sementes estão nas regionais de Curitiba, Irati, Guarapuava e União da Vitória. Elas representam aproximadamente 60% do total do Estado. No entanto, desde a semana passada, os trabalhos puderam ser intensificados, com plantio e tratos culturais. De acordo com os produtores, as chuvas excessivas e as baixas temperaturas também prejudicaram a qualidade das lavouras já implementadas, o que pode resultar em baixas produtividades. Na entressafra, o abastecimento paranaense é feito pelo produto de Minas Gerais e Goiás. No Estado, a colheita deve começar na segunda quinzena de dezembro. O boletim mostra também que o plantio de soja e milho caminha para a reta final no Estado e ambas as culturas apresentam bom desenvolvimento, de forma geral. No caso da soja, foram plantados 79% dos 5 milhões e 700 mil hectares, enquanto o milho já cobre 93% dos 400 mil hectares previstos. Na fruticultura, o documento discorre sobre a lichia, produto com origem no sul subtropical da China e norte do Vietnã. No Paraná, em 2021, a fruta foi colhida em 175 hectares, com produção de mil e 200 toneladas e Valor Bruto da Produção de 2 milhões e 500 mil reais. A região de Jacarezinho é a principal produtora, com 54,4% de participação e destaque para Carlópolis. O boletim afirma que o preço do leite está se aproximando da normalidade. Depois de um pico de 3 reais e 35 centavos o litro recebido pelo produtor em setembro, o produto foi cotado, em outubro, a 2 reais e 82 centavos. No varejo, o leite longa vida fechou o mês passado com preço 7,8% mais barato comparativamente a setembro, no Paraná. Na apicultura, registra-se que, por todo o território brasileiro, há a exploração econômica da atividade. O Censo Agropecuário de 2017 apontou 101.947 estabelecimentos agropecuários na apicultura. No Paraná, eram 12.941. A Pesquisa da Pecuária Municipal de 2021 aponta que o Estado produziu 8.843 toneladas, 15,1% do volume do País. O documento do Deral registra ainda a exportação de 17.824 toneladas de ovos e ovoprodutos pelo Brasil nos nove primeiros meses de 2022. O volume é 2,6% maior que igual período de 2021. O Paraná mantém a primeira colocação, com 4.276 toneladas exportadas e faturamento de 19 milhões e 300 mil dólares. (Repórter: Alexandre Nassa)
De acordo com as informações colhidas pelos técnicos do Deral, as condições climáticas desfavoráveis fizeram com que, até agora, o plantio se estenda por 87% da área. Em anos anteriores, neste período, o volume era de 95% a 100%. As áreas mais extensas que ainda devem receber as sementes estão nas regionais de Curitiba, Irati, Guarapuava e União da Vitória. Elas representam aproximadamente 60% do total do Estado. No entanto, desde a semana passada, os trabalhos puderam ser intensificados, com plantio e tratos culturais. De acordo com os produtores, as chuvas excessivas e as baixas temperaturas também prejudicaram a qualidade das lavouras já implementadas, o que pode resultar em baixas produtividades. Na entressafra, o abastecimento paranaense é feito pelo produto de Minas Gerais e Goiás. No Estado, a colheita deve começar na segunda quinzena de dezembro. O boletim mostra também que o plantio de soja e milho caminha para a reta final no Estado e ambas as culturas apresentam bom desenvolvimento, de forma geral. No caso da soja, foram plantados 79% dos 5 milhões e 700 mil hectares, enquanto o milho já cobre 93% dos 400 mil hectares previstos. Na fruticultura, o documento discorre sobre a lichia, produto com origem no sul subtropical da China e norte do Vietnã. No Paraná, em 2021, a fruta foi colhida em 175 hectares, com produção de mil e 200 toneladas e Valor Bruto da Produção de 2 milhões e 500 mil reais. A região de Jacarezinho é a principal produtora, com 54,4% de participação e destaque para Carlópolis. O boletim afirma que o preço do leite está se aproximando da normalidade. Depois de um pico de 3 reais e 35 centavos o litro recebido pelo produtor em setembro, o produto foi cotado, em outubro, a 2 reais e 82 centavos. No varejo, o leite longa vida fechou o mês passado com preço 7,8% mais barato comparativamente a setembro, no Paraná. Na apicultura, registra-se que, por todo o território brasileiro, há a exploração econômica da atividade. O Censo Agropecuário de 2017 apontou 101.947 estabelecimentos agropecuários na apicultura. No Paraná, eram 12.941. A Pesquisa da Pecuária Municipal de 2021 aponta que o Estado produziu 8.843 toneladas, 15,1% do volume do País. O documento do Deral registra ainda a exportação de 17.824 toneladas de ovos e ovoprodutos pelo Brasil nos nove primeiros meses de 2022. O volume é 2,6% maior que igual período de 2021. O Paraná mantém a primeira colocação, com 4.276 toneladas exportadas e faturamento de 19 milhões e 300 mil dólares. (Repórter: Alexandre Nassa)