Preço do trigo para o produtor se recupera, mas concorrência com milho ainda é forte
10/03/2022
Os preços do trigo para o produtor paranaense reagiram após o Carnaval e alcançaram patamares acima de 100 reais a saca de 60 quilos. É um estímulo para o plantio no Estado, mas a cultura ainda enfrenta forte concorrência com o milho de segunda safra, que apresenta melhor retorno financeiro. Esse é um dos temas do Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 04 a 10 de março. O documento, preparado pelos técnicos do Deral, Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, traz ainda informações sobre o desenvolvimento das principais lavouras paranaenses neste período do ano. O analista de trigo do Deral, agrônomo Carlos Hugo Godinho, explica que um dos principais fatores da elevação do valor é o preço dos fertilizantes, que corresponde a mais de 40% do custo e praticamente dobrou neste último ano. A elevação do preço do trigo deu um alívio aos produtores, segundo o agrônomo.// SONORA CARLOS HUGO GODINHO.//
Ele também ressalta que apesar do bom preço, a disputa com outras culturas é difícil.// SONORA CARLOS HUGO GODINHO.//
Destaque no boletim do Deral, o preço do milho continua em escalada internacionalmente e tem como uma das principais razões o conflito entre Ucrânia e Rússia. Internamente, a variação também se refletiu servindo de estímulo aos produtores. Em uma semana a saca de 60 quilos paga ao produtor subiu de 90 para 95 reais. O boletim registra também que o preço da carne bovina pode sofrer as consequências da guerra, dependendo da duração e dos desdobramentos. O custo de produção do rebanho já se elevou. A Rússia é um dos principais importadores de carne bovina brasileira e pode sofrer interrupção ou redução no fluxo, o que reflete nas cotações ou no mercado doméstico brasileiro. Sobre a soja, há o registro da colheita de 54% da área dos cinco milhões e 460 mil hectares plantados. Há um bom avanço em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o percentual estava em 36%. A colheita do feijão da safra 2021/2022 já está encerrada no Paraná. A previsão inicial era colher 276 mil toneladas, mas as condições climáticas foram determinantes para uma redução de 33%, ficando em 185 mil toneladas. O documento preparado pelo Deral também faz uma análise sobre a produção de banana no Paraná, destacando as principais regiões da cultura. Da mandioca, o registro é sobre a dificuldade que as indústrias de fécula de farinha ainda enfrentam para conseguir matéria-prima, pois a falta de chuvas regulares atrapalhou a colheita. O boletim também destaca o final da piracema e a liberação para pesca de peixes nativos a partir de 1º de março. O boletim completo está disponível no site agricultura.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)
Ele também ressalta que apesar do bom preço, a disputa com outras culturas é difícil.// SONORA CARLOS HUGO GODINHO.//
Destaque no boletim do Deral, o preço do milho continua em escalada internacionalmente e tem como uma das principais razões o conflito entre Ucrânia e Rússia. Internamente, a variação também se refletiu servindo de estímulo aos produtores. Em uma semana a saca de 60 quilos paga ao produtor subiu de 90 para 95 reais. O boletim registra também que o preço da carne bovina pode sofrer as consequências da guerra, dependendo da duração e dos desdobramentos. O custo de produção do rebanho já se elevou. A Rússia é um dos principais importadores de carne bovina brasileira e pode sofrer interrupção ou redução no fluxo, o que reflete nas cotações ou no mercado doméstico brasileiro. Sobre a soja, há o registro da colheita de 54% da área dos cinco milhões e 460 mil hectares plantados. Há um bom avanço em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o percentual estava em 36%. A colheita do feijão da safra 2021/2022 já está encerrada no Paraná. A previsão inicial era colher 276 mil toneladas, mas as condições climáticas foram determinantes para uma redução de 33%, ficando em 185 mil toneladas. O documento preparado pelo Deral também faz uma análise sobre a produção de banana no Paraná, destacando as principais regiões da cultura. Da mandioca, o registro é sobre a dificuldade que as indústrias de fécula de farinha ainda enfrentam para conseguir matéria-prima, pois a falta de chuvas regulares atrapalhou a colheita. O boletim também destaca o final da piracema e a liberação para pesca de peixes nativos a partir de 1º de março. O boletim completo está disponível no site agricultura.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)