Portos do Paraná e UFPR fazem monitoramento na Serra do Mar inédito no setor portuário

07/03/2022
A Portos do Paraná, em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), iniciou a parte prática de um monitoramento nas encostas da Serra do Mar para verificar os sedimentos que descem com a chuva e assoreiam as baías de Antonina e Paranaguá. A parceria da empresa pública com a instituição é inédita e tem objetivo de fornecer dados para projetos futuros de redução de processos erosivos, consequentemente reduzindo a taxa de assoreamento. Os pesquisadores farão análise da quantidade de sedimentos gerados nas bacias hidrográficas, de acordo com o tipo de cobertura vegetal presente em cada localidade. Com isso, a expectativa é estimar se a recuperação de áreas degradadas através de sistemas agroflorestais é capaz de reduzir a necessidade da dragagem de manutenção nos portos paranaenses, preservar o meio ambiente e gerar novas fontes de renda para os proprietários de terras em áreas degradadas. A parte prática iniciou na sexta-feira, com equipes da diretoria de Meio Ambiente da Portos do Paraná, da UFPR e da Ecotec, contratada pela empresa pública para executar o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas. Eduardo Vedor de Paula, professor do Departamento de Geografia da UFPR, falou sobre a ação.// SONORA EDUARDO VEDOR.//

A ideia é identificar cerca de 25 a 30 pontos e, a partir desse levantamento, escolher os oito mais representativos. Nesses, será realizado um monitoramento de 20 a 25 meses, coletando solo, medindo chuva, identificando os potenciais que o sistema agroflorestal tem em proteger o solo. Posteriormente, oito pontos serão escolhidos, com diferentes coberturas de solo. De acordo com o gerente de Meio Ambiente da Portos do Paraná, Thales Schwanka Trevisan, o convênio com a UFPR vai avaliar o quanto de sedimento está carreando para a baía, para posteriormente analisar como o trabalho que está sendo executado, iniciado pelo PRAD, pode evitar que sedimentos sejam carregados.// SONORA THALES TREVISAN.//

Na prática, segundo Thales, ao final do trabalho será possível avaliar até que ponto a recuperação das áreas com florestas reduz a produção de sedimentos que em um primeiro momento são carreados aos rios e, posteriormente, chegam até a área de interesse portuário. Outros detalhes podem ser conferidos em www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Wyllian Soppa)