Porto de Paranaguá recebe o maior volume de caminhões da história no Pátio de Triagem

30/05/2025
A movimentação de veículos bateu recorde histórico no Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá. Entre janeiro e abril, 181 mil 651 caminhões passaram pela triagem, superando o recorde anterior, de 175 mil 280, registrado no mesmo período de 2020. No ano passado, foram 134 mil 869. O pátio, que recebe principalmente grãos como soja e farelo de soja, movimentou 5 milhões e 495 mil e 34 toneladas de soja e 2 milhões e 407 mil e 836 toneladas de farelo nos quatro primeiros meses do ano. A maior parte das cargas veio do Paraná e do Mato Grosso. O aumento é resultado da fiscalização mais rígida, que garante qualidade aos produtos e segurança ao mercado, além de gerar mais movimentação. O Pátio de Triagem serve para retirar o excesso de caminhões das vias de acesso ao porto e avaliar a qualidade das cargas. Também faz o agendamento dos horários de entrada dos veículos, evitando filas na BR-277. O Porto de Paranaguá segue um regramento de controle e fiscalização implantado em 2024, pela Portos do Paraná em parceria com o Ministério da Agricultura. A classificadora oficial do pátio é a BV, auditada pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná. A fiscalização é gerenciada pela Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá. Os classificadores coletam amostras dos caminhões e fazem uma análise visual para identificar contaminantes, como pedras, areia e galhos. Outra parte da carga vai para o laboratório para novas análises. De janeiro a abril, mil 850 caminhões tiveram as cargas recusadas por não atenderem aos padrões de qualidade. O número representa uma queda de quase 30% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 2 mil e 613 veículos foram recusados. Isso é reflexo do controle mais rigoroso, que desestimula adulterações. A fiscalização já era feita há décadas, mas ganhou novos procedimentos de segurança recentemente, para garantir a alta qualidade dos produtos exportados e prevenir fraudes. As cargas refugadas, geralmente, estão fora dos padrões, seja por baixa proteína, umidade elevada ou até adulteração com areia, serragem e outros materiais. Quando isso acontece, o descarte é obrigatório e deve ser feito fora do porto, em locais indicados pelas autoridades federais. Segundo uma portaria de outubro de 2024 da Portos do Paraná, depois do descarte, o motorista precisa apresentar um comprovante para poder acessar novamente o Pátio de Triagem. De janeiro a abril deste ano, 59 veículos foram encaminhados a aterros para inutilização dos produtos. (Repórter: Gabriel Ramos)