Polícia Científica conclui compromisso de processar 2 mil amostras de DNA de crimes sexuais

24/03/2022
A Polícia Científica do Paraná, por meio do projeto Backlog, fez o processamento completo de mais de dois mil vestígios, por amostras de DNA, relacionados a casos de violência sexual no Laboratório de Genética Molecular Forense. O desempenho é resultado do trabalho em 2021, o que significa que a meta de processar essa quantidade foi alcançada antes do prazo proposto pelo governo federal. Criado pelo Comitê Gestor de Banco de Perfis Genéticos da Secretaria Nacional de Segurança Pública, o Backlog foi lançado para todos os estados vinculados à Rede Nacional de Bancos de Perfis Genéticos para identificar autores de crimes sexuais não solucionados, confirmar a identidade de criminosos já identificados, excluir suspeitos injustamente acusados, além de conectar casos distintos com a mesma autoria. O projeto visa processar mais de 150 mil amostras biológicas de crimes sexuais que aguardavam análise nas perícias para acelerar a resolução de fatos ocorridos entre 2010 e 2017. O Estado recebeu um milhão e 500 mil reais do governo federal para operar o projeto. No Paraná foram selecionados os materiais genéticos de 913 vítimas de crimes sexuais, que geraram 2.003 amostras. Em diversos casos, a vítima possuía mais de um vestígio com o mesmo perfil genético masculino, justificando assim a inserção de 786 perfis de suspeitos na Rede Nacional de Bancos. Por meio deste trabalho foi possível constatar 342 coincidências de materiais genéticos de vítimas e de suspeitos com os dados que já estavam registrados no banco, resultando em 73 laudos de Informe de Coincidência de Perfil Genético. Em um dos casos foi constatado que um autor cometeu o mesmo crime em 14 vítimas diferentes, mas ainda não foi possível identificá-lo. Diante destes resultados, foi criada uma força-tarefa entre Polícia Científica e a Civil para seguir às investigações de forma coordenada. (Repórter: Gustavo Vaz)