Pesquisadores da UEL identificam sete fármacos com potencial de combate à Covid-19

21/06/2022
Com apenas 24 meses de atividade, pesquisadores da UEL, Universidade Estadual de Londrina, aliados a grupos de pesquisa de outras instituições conseguiram identificar sete fármacos com potencial para servir como inibidores contra o vírus causador da Covid-19, em forma de spray ou comprimido. Os fármacos são resultados de uma pesquisa iniciada em meados de 2020, logo no início da doença no Brasil, com investimento aproximado de 700 mil reais no projeto em forma de bolsas e para custeio de insumos. A intenção é que os medicamentos se aliem às vacinas no combate à pandemia. Os bons resultados estão relacionados ao fato de a equipe ser multidisciplinar, reunindo 18 professores dos Departamentos de Microbiologia, Química, Histologia, Ciências Farmacêuticas, Medicina Veterinária Preventiva e Ciências da Saúde. Além da UEL, participam do projeto pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade de São Paulo e Lakehead University, do Canadá. O projeto ainda conta com outros 10 bolsistas de Doutorado e de Pós-Doutorado. De acordo com o professor Gerson Nakazato, que divide a coordenação do projeto com as professoras Sueli Ogatta, Ligia Galhardi e Marcelle Bispo, da UEL, atualmente o trabalho está na segunda fase, ou seja, na análise dos antivirais in vitro. Ele disse que a fase três deve ter início no segundo semestre do ano e prevê testes dos sete fármacos em um laboratório de contenção, utilizando o vírus causador da Covid-19. Os testes vão ser feitos na USP. A equipe identificou quatro fármacos sintéticos, cujos testes na bancada demonstraram eficiência contra a replicação do vírus. Estes compostos são considerados inibidores enzimáticos. Outros três podem ser considerados como “naturais” porque utilizam plantas conhecidas como catuaba e girassol. O terceiro utiliza um pigmento bacteriano. A UEL foi a única instituição brasileira que teve dois projetos aprovados. Em todo o país, foram aprovados somente 38 projetos de pesquisa. (Repórter: Felippe Salles)