Pesquisador da Unioeste cria interruptor elétrico à prova de explosão

04/05/2021
Um projeto com patente aprovada ao programa de Propriedade Intelectual com foco no Mercado, Prime, numa parceria do Sebrae/PR, Governo do Paraná e Fundação Araucária, criou um interruptor elétrico à prova de explosões. A autoria é do pesquisador Benhurt Gongora, aluno do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Energia e Engenharia da Agricultura, em funcionamento no Campus de Cascavel, da Unioeste.
A invenção é, em síntese, um dispositivo eletrônico destinado ao controle do acionamento de lâmpadas. O sistema, que trabalha a partir do menor nível da corrente de tensão, tem um dispositivo anti-faísca, podendo ser instalado em ambientes empresariais e residenciais.
Com a patente, essa tecnologia poderá ser produzida em escala industrial para ser disponibilizada ao mercado consumidor. Benhurt afirmou que esse dispositivo traz segurança e condições de automatizar as instalações. Num ambiente com vazamento de gás, por exemplo, quando acionado evita explosões.
Ele destacou que, atualmente, o mercado com essa grade de produtos está em expansão, pois cada vez mais a engenharia precisa se ater às leis e normativas de segurança.
O pesquisador informou que esse tipo de interruptor também é usado no processo de automatização dos interruptores de energia elétrica, podendo ser acionados por celular, a distância, entre outros.
Mesmo com uma regulamentação estabelecida para evitar explosões, as instalações elétricas ainda são uma das principais causas de incêndio no País.
Segundo dados da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade, em 2019 o número de incêndios originados de instalações elétricas cresceu 22% em relação ao ano anterior, com 656 casos registrados e 74 vítimas fatais.
A entidade informa que a maioria dos acidentes elétricos, como os choques, acontece em residências, que abrangem casas, sítios, apartamentos e fazendas. É neste sentido que dispositivos seguros, como o criado pelo pesquisador, são boas opções para o setor.
O programa Prime tem objetivo de contribuir com o desenvolvimento econômico e social de todo o Estado a partir da transferência dos resultados das pesquisas acadêmicas realizadas nas universidades estaduais para o mercado.
A iniciativa está voltada para pesquisadores e titulares de patente. Os profissionais selecionados receberão apoio para viabilizar a invenção.
Benhurt tem experiência no ensino técnico, administração de empresas, tecnologia em eletrotécnica e sistema de geração solar e eletromecânica. Atua em pesquisas em engenharia de energia na agricultura e desenvolvimento de aparelhos eletrônicos. (Repórter: Flávio Rehme)