Pesquisa da Unioeste estuda como transformar cabelo humano em adubo
20/01/2025
A partir da dúvida do que fazer com cabelos humanos descartados em salões de beleza e barbearias, a mestranda em Ciências Ambientais da Unioeste, Gabriela Martines Gimenes, que trabalha como cabeleireira há 13 anos, decidiu realizar uma pesquisa acadêmica, que além de contribuir com a sociedade, beneficia a rotina destes profissionais. A pesquisa está sendo realizada em parceria com os docentes Bruno Marcos Nunes Cosmo e Deysiane Lima Salvador da União Educacional do Médio Oeste Paranaense em Assis Chateaubriand, e já apresenta resultados preliminares promissores. Os resíduos capilares demonstram grande potencial como recurso benéfico para as plantas, por conta da presença de nitrogênio na composição química. O cabelo é formado por queratina, uma proteína fibrosa rica em aminoácidos, composta por elementos como carbono, enxofre, oxigênio e nitrogênio. Essas propriedades fazem do cabelo uma excelente alternativa para enriquecer o solo, promovendo a atividade dos microrganismos, além de contribuir para a nutrição e o desenvolvimento das plantas. A pesquisa tem um grande potencial, especialmente no mercado brasileiro, em que o cuidado com a autoimagem é um valor cultural significativo. Não por acaso, o Brasil ocupa posição de destaque no mundo e está entre os países mais vaidosos. O setor capilar movimenta valores importantes para a economia nacional, como por exemplo na produção de perucas, mesmo assim ainda é pouco visto em ações sistêmicas voltadas ao gerenciamento ambientalmente seguro desses resíduos sólidos. Todos os detalhes dessa pesquisa estão no site da Agência Estadual de Notícias, aen.pr.gov.br. (Repórter: Gustavo Vaz)