Penitenciária Estadual de Maringá estimula ressocialização de presos com trabalho

07/04/2022
A Penitenciária Estadual de Maringá  é um modelo de tratamento penal no Paraná, além dos bons níveis de segurança. A unidade possui mais de 60% de presos estudando e 48% em algum tipo de trabalho. As ações têm apoio do Departamento de Polícia Penal do Paraná, mas também da comunidade e do empresariado local, o que tem possibilitado a abertura de vários setores de trabalho na unidade. A penitenciária possui mais de 200 pessoas privadas de liberdade trabalhando, das quais 195 em atividades de serviços gerais de limpeza e conservação, e outros serviços como lavanderia, rouparia, eletrônica, horta e manutenção predial. Outros 20 apenados trabalham nas fábricas de uniformes para presos, atendendo a demanda das unidades penais da regional, e 15 atuam na elaboração de materiais pedagógicos para cegos, que são utilizados em todo o Brasil e em países de língua portuguesa, com a produção de livros em braile e livros falados gravados em estúdio na própria penitenciária. Outros ainda produzem próteses dentárias. Para o coordenador da regional de Maringá e Cruzeiro do Oeste do Departamento, Luciano Brito, o principal benefício é a redução da reincidência de crimes.  //SONORA LUCIANO BRITO//

Além de proporcionarem aos presos remição da pena, os canteiros de trabalho com as empresas conveniadas são oportunidades de geração de renda. A Penitenciária de Maringá possui três fábricas conveniadas que contribuem com remuneração para 65 presos, podendo chegar até 100 futuramente. Os presos podem autorizar a família a retirar até 80% dos valores mensais que são creditados em uma conta bancária individual. Eles recebem 75% do salário-mínimo. Os outros 25% são destinados ao Fundo Penitenciário para despesas administrativas. Todos os presos implantados em setores de trabalho passam por avaliação rigorosa, realizada por equipe multidisciplinar. Para serem selecionados não podem integrar facções criminosas. (Repórter: Flávio Rehme)