Pavimentação da Estrada Boiadeira é esperança de prosperidade para a região Noroeste do Paraná

02/12/2020
As obras de pavimentação da Estrada Boiadeira, como é conhecida a BR-487, no Noroeste do Paraná, são uma esperança de maior desenvolvimento para a região. Nas comunidades às margens da Boiadeira, que é a principal ligação entre o Paraná e o Mato Grosso do Sul, a esperança por uma conclusão na pavimentação da rodovia é cada vez maior. É o caso do distrito de Santa Eliza, pertencente ao município de Umuarama. O empresário Amarildo Mamprim da Silva, de 51 anos, contou que há 50 mora na comunidade. Proprietário de uma loja de produtos agropecuários, ele lembra que a promessa de pavimentação da Estrada Boiadeira já e bastante antiga. Amarildo ressaltou que, caso esta rodovia já fosse asfaltada, até mesmo as perdas da Geada Negra, que prejudicou a economia cafeeira da região, em 1975, poderiam ter sido compensadas.// SONORA AMARILDO MAMPRIM.//

Santa Eliza integra o trecho 3 do Lote 1 da revitalização da BR-487. A modernização envolve três partes com intervenções distintas entre Porto Camargo e Umuarama. As obras começaram em abril do ano passado, mas dificuldades orçamentárias impuseram ritmo lento à modernização. Neste mês, para encerrar definitivamente essa novela, o Governo do Estado, o governo federal e a Itaipu Binacional acertaram um convênio de 223 milhões e 800 mil reais para concluir a rodovia. O governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou que esta é mais uma parte do compromisso de modernizar a malha rodoviária paranaense.// SONORA RATINHO JUNIOR.//

As lembranças de Carlos Francisco de Oliveira, de 62 anos, dono de um mercado e presidente do Conselho Comunitário de Santa Eliza, espécie de câmara de vereadores local, também passam pelo passado próspero ligado ao café e a espera pela consolidação definitiva da rodovia na região. A geada negra e os anos de poeira e barro forçaram mudanças de plano de vida para milhares de pessoas. Nascido e criado em Icaraíma, município quase limítrofe ao Mato Grosso do Sul, Carlos contou que, mesmo com chão batido e os buracos, a Boiadeira era fundamental para o escoamento da produção de café da região. A expectativa com a pavimentação é por mais desenvolvimento.// SONORA CARLOS FRANCISCO.//

A esperança de pavimentação atravessou os anos 1980, 1990, 2000 e em depois de 2010 foi renovada com a conclusão do Lote 3 da Boiadeira, entre Cruzeiro do Oeste e Campo Mourão. O avanço desta obra é fundamental na opinião de Lucas Franco, de 32 anos, dono de um posto de combustível em Icaraíma.// SONORA LUCAS FRANCO.//

A intervenção do Lote 1 da Estrada Boiadeira começou a sair do papel no começo do ano passado e atingiu 33% em novembro, segundo o DNIT, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, gestor e executor do contrato original. O investimento total na obra alcançará quase 260 milhões de reais, sendo 223 milhões e 800 mil bancados pela Itaipu Binacional, num convênio de sub-rogação do contrato para o DER, o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná. Ainda neste mês, todas as partes envolvidas assinam todas as vias dos dois convênios: o primeiro entre o DNIT e o DER, de gestão, e o segundo entre o DER e a Itaipu para o repasse do dinheiro. Há expectativa de encerrar a revitalização da Boiadeira nos próximos cinco anos, perfazendo mais de 150 quilômetros no Paraná. Outros detalhes podem ser conferidos em xoops.celepar.parana/migracao/secs_aenoticias. (Repórter: Wyllian Soppa)