Paranaenses vindos da Ucrânia em avião da FAB desembarcaram em Curitiba nesta sexta

11/03/2022
Os paranaenses que fugiram da guerra na Ucrânia no avião da FAB, a Força Aérea Brasileira, que resgatou brasileiros, estrangeiros e animais de estimação da guerra, chegaram ao Estado. O desembarque ocorreu por volta das duas da tarde desta sexta-feira, no Aeroporto Internacional Afonso Pena, na Região Metropolitana de Curitiba. Os três foram resgatados em Varsóvia, na Polônia, principal destino dos refugiados por fazer fronteira com a Ucrânia. Murilo Maia, de 23 anos, é jogador de futebol e foi de Curitiba para o Leste Europeu em seis de fevereiro para atuar em uma temporada de jogos no país. Albanir Roberto, de 52 anos, dono de uma academia de futebol em Varsóvia, e Luiz, treinador de jogadores, moravam na Polônia, mas foram ao país vizinho para treinar atletas locais. A guerra começou no dia 24 do mesmo mês, então todos decidiram sair imediatamente. De lá, foram todos para a Polônia. Albanir Roberto nem consegue acreditar que agora está em terras paranaenses. // SONORA ALBANIR ROBERTO //

Os paranaenses faziam parte de um grupo de 43 brasileiros . No total, foram trazidos 52 adultos, incluindo pessoas de outras nacionalidades, e 16 menores de idade. Também foram transportados dez animais de estimação, entre cães e gatos. O resgate foi feito dez dias após o início da invasão russa. O voo da FAB saiu da Polônia e passou por Portugal e Cabo Verde antes de chegar ao Brasil, em Brasília. De lá, os paranaenses foram em um mesmo voo de uma companhia aérea para o Rio de Janeiro, e só então, vieram para Curitiba, onde todos moravam antes da ida para a Europa. Murilo Maia contou de toda a dificuldade da saída da Ucrânia numa situação de guerra. // SONORA MURILO MAIA //

A mãe do jogador, Angélica Maia, que o recebeu no aeroporto, não escondia a emoção. // SONORA ANGÉLICA MAIA //

O Governo do Estado tem participado das atividades desenvolvidas e relacionadas à atuação do Comitê Humanitas Ukraine Brasil, lançado pela Representação Central Ucraniano-Brasileira, que conta com mais de 20 entidades civis e religiosas ucranianas do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, além do apoio do consulado em Curitiba. O comitê tem coordenado as ações de ajuda humanitária necessárias à Ucrânia. O superintendente geral de Diálogo e Interação Social do Governo do Estado, Mauro Rockenbach, explicou que há vários grupos de ajuda estão acontecendo, então, o órgão tenta reun de todos eles. // SONORA MAURO ROCKENBACH //

Também para o atendimento à comunidade ucraniana, o Paraná disponibiliza os serviços do Centro de Informações para Migrantes, Refugiados e Apátridas, que é referência no país na questão humanitária. Em cinco anos de atuação já foram mais de 20 mil atendimentos e serviços ofertados aos migrantes, refugiados e apátridas que chegam ao Estado, em busca de apoio e um recomeço. (Repórter: Gustavo Vaz)