Paraná vai colher mais de 41 milhões de toneladas de grãos

31/07/2020
No Paraná, a safra de grãos 2019/20 se encaminha para o final com a colheita da segunda safra e dos cereais de inverno. A expectativa de produção aponta para um volume total de 41 milhões e 10 mil toneladas, acréscimo de cinco milhões de toneladas em relação à safra anterior. Os dados são do Deral, Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, e foram divulgados nesta sexta-feira. O resultado foi alavancado pelo desempenho das lavouras de soja e feijão na primeira safra, da segunda safra de milho e das culturas de inverno que ainda estão a campo, com bom desenvolvimento. Apesar das perdas nas culturas da segunda safra, em decorrência da falta de chuvas, elas foram compensadas ao produtor com o aumento nos preços dos produtos, conforme explicou o secretário Norberto Ortigara.// SONORA NORBERTO ORTIGARA.//

Para o diretor do Deral, Salatiel Turra, a safra 2019/20 transcorreu bem, apesar de algumas intempéries climáticas provocadas pela estiagem e altas temperaturas. Turra chama a atenção para os retornos econômicos bastante interessantes ao produtor com a atual safra, como no caso da soja, milho e possivelmente para o trigo. Particularmente sobre o milho da segunda safra, que está em fase de colheita, Turra atribuiu ao produtor o resultado favorável da cultura, apesar de ter sido penalizada pela estiagem severa que atingiu o Paraná entre os meses de março a maio. Ele destacou que, em um momento de crise causada pela pandemia, o agronegócio tem sido importante para segurar a economia paranaense.// SONORA SALATIEL TURRA.//

A cultura do trigo foi uma das que mais surpreendeu positivamente este ano, com potencial para revelar uma produção excepcional, em muitos anos. O Paraná deverá produzir três milhões e 700 mil toneladas, o que corresponde a um milhão e 600 mil toneladas a mais em comparação com o ano passado. Os bons preços do trigo são o grande atrativo, em torno de 60 reais a saca com 60 quilos. O milho da segunda safra também teve resultado satisfatório, apesar das perdas com a estiagem. A colheita avançou entre 35% e 40% da área plantada, e a produção deve atingir 11 milhões e 500 mil toneladas, queda de 13% em relação à safra passada. Como aconteceu com o trigo, houve avanço também na comercialização de milho da segunda safra. Os produtores venderam antecipadamente acima de 40% da produção neste mês de julho para aproveitar os bons preços no mercado, que estão em uma média de 38 a 40 reais a saca com 60 quilos. No caso do feijão de segunda safra, a colheita já foi encerrada, com uma produção de 259 mil e 400 toneladas, 28% menos que na temporada anterior. Os preços da saca estão entre 180 e 190 reais a saca, valor considerado satisfatório pelos produtores. Outra cultura que foi totalmente colhida é a da soja, com um volume recorde de 20 milhões e 700 mil toneladas, aumento de 28% sobre o resultado anterior. Neste caso, o clima colaborou durante o desenvolvimento das lavouras, com ocorrência de chuvas regulares nos momentos certos. Para coroar o bom desempenho, a comercialização do grão está sendo uma das melhores dos últimos anos graças à cotação do dólar. A saca está sendo vendida em torno de 100 reais, enquanto no ano passado saia por 60. Segundo o Deral, aproveitando os bons preços, cerca de 91% da soja paranaense já foi vendida. Outros detalhes sobre as demais culturas paranaenses podem ser conferidos em agricultura.pr.gov.br. (Repórter: Wyllian Soppa)