Paraná tem a melhor classificação do Brasil em potencialidade agrícola, segundo estudo do IBGE

05/12/2022
O Paraná é o estado brasileiro com a maior área do seu território classificada com potencialidade agrícola "muito boa". A classificação está no Mapa de Potencialidade Agrícola Natural das Terras do Brasil, publicação inédita do IBGE e divulgado nesta segunda-feira. Segundo o relatório, 12,2% do território paranaense, equivalente a 24 mil 313 quilômetros quadrados, corresponde à potencialidade “muito boa”. No País, esse índice é de apenas 2% e na Região Sul é de 5,6%. O documento orientativo foi elaborado a partir do mapeamento de solos do IBGE, levando em consideração os recursos naturais, sobretudo solo e relevo, e como eles podem favorecer o setor agrícola. Os mais de 500 tipos de solos do Brasil foram classificados considerando características como textura, pedregosidade, rochosidade, erodibilidade, entre outros, em cinco classes de potencialidade. Elas variam de terras com muito boa potencialidade a terras com restrições muito fortes ao desenvolvimento agrícola. Segundo o mapa divulgado pelo IBGE, o Norte, Norte Pioneiro e Oeste do Paraná contam com o maior volume de áreas classificadas como muito boas para o desenvolvimento agrícola no Estado. O estudo cita como exemplo o latossolo vermelho de Tamarana, na região Norte, e o nitossolo vermelho de Medianeira, no Oeste. São exemplares da famosa “terra vermelha” do Paraná. Julio Suzuki, diretor de Pesquisa do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, Ipardes, destaca que a pesquisa demonstra a vocação paranaense para o agro.// SONORA JULIO SUZUKI.//

Com território de quase 200 mil quilômetros quadrados, o Paraná tem ainda 18,5% de suas áreas classificadas como “boa”. São solos favoráveis às atividades agrícolas, com relevo aplainado e pequenas restrições e limitações, mas que podem ser facilmente corrigidas para o cultivo. Outros 34% de terras foram classificadas com potencial “moderado”. São áreas, segundo o IBGE, com relevos ligeiramente acidentados, que podem precisar de ações adequadas para a agricultura, ou com problemas de fertilidade, mas que podem ser corrigidos de forma relativamente fácil. Com menor representatividade, as terras classificadas como “restritas” ocupam 9,5% do território estadual. São terrenos com condições restritas para o uso agrícola, localizados principalmente em relevos mais acidentados, que precisam de ações mais complexas de manejo e que contam com problemas de fertilidade e restrições de profundidade para o plantio. Por fim, os solos classificados com potencialidade “fortemente restrita” ao uso agrícola somam uma área de 23% do território paranaense. Esses locais podem ter muitos declives, materiais indesejáveis ou restrições importantes quanto à profundidade. Eles exigem técnicas de manejo intensivas e, por suas características, são indicados como áreas de preservação ambiental ou para o cultivo de culturas adaptadas a esse tipo de solo. Mais detalhes em www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)